A Federação inglesa de futebol (FA), a Premier League e a Liga inglesa condenaram hoje as "ações repreensíveis" de adeptos que invadiram no último fim de semana os relvados dos estádios daquele país.
"O futebol inglês tem trabalhado arduamente ao longo de muitos anos para garantir que os nossos estádios sejam locais seguros. Todos aqueles que estão envolvidos num jogo merecem desfrutar dos mais altos padrões de segurança e estamos determinados a impedir que esses padrões sejam prejudicados", afirmam os três organismos num comunicado conjunto, sublinhando que quem contrapor as regras, "seja das bancadas ou entrando no campo de jogo, enfrentará as sanções mais fortes possíveis".
A reação das entidades reguladores do futebol inglês ocorre na sequência de dois incidentes registados no último fim de semana em jogos das duas divisões principais.
No domingo, um adepto do Birmingham entrou no relvado e agrediu, com um soco na cara, Jack Grealish, capitão do Aston Villa, no dérbi da 36.ª jornada da II liga inglesa.
Depois de ter sido dominado no relvado por atletas de ambas as equipas e pelos assistentes de recinto, o agressor de 27 anos foi detido e ouvido no dia seguinte por um juiz no tribunal de Birmingham, tendo sido condenado a 14 semanas de prisão e ao pagamento de uma multa de 350 libras esterlinas (cerca de 410 euros) - das quais 100 (perto de 117 euros) servem de compensação ao jogador dos ‘villans’ -, além de ficar banido de frequentar jogos de futebol no Reino Unido por dez anos.
Entretanto, na quinta-feira, a FA acusou o Birmingham de não ser capaz de garantir que os espectadores "se abstenham de conduta imprópria ou violenta", abrindo um inquérito sobre os acontecimentos registados no estádio St. Andrew's, que os ‘blues' terão de responder até 23 de março.
No mesmo dia, algumas horas depois, outro adepto saltou para o relvado em pleno jogo entre o Arsenal e o Manchester United, da 30.ª jornada da I Liga inglesa, realizado no Emirates Stadium, e foi confrontar o defesa forasteiro Chris Smalling, tendo sido acusado de invasão de campo e agressão e notificado para comparecer em tribunal em 26 de março.
O organismo federativo condenou igualmente o emblema londrino por ter "alegadamente falhado em assegurar o comportamento adequado dos adeptos" e estabeleceu que o Arsenal terá de responder aos factos que lhe são imputados até 22 de março.
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