Joe Bryan, defesa do Fulham, confessou que aprendeu a viver com a ansiedade e com o medo e falhar, garantindo que espera "conseguir ajudar alguém na mesma situação", partilhando alguns dos momentos mais difíceis que viveu.
"Tudo começou num jogo frente ao West Ham em 2019. Era como estar em transe, como se estivesse uma névoa por cima da minha cabeça", começou por dizer em entrevista à ESPN, reproduzida pelo jornal Record.
O lateral inglês confessou também que a partir desse dia começou a "sentir-se mal" e "uma merda" ao acordar: "Pergunto-me se tenho o direito de jogar onde estou, se sou bom o suficiente para estar cá. Questiono-me...".
O jogador inglês confessou chegou a entrar em pânico em situações 'normais': "Uma vez fui ao cabeleireiro. Era como ir ao supermercado e ter a certeza de que toda a gente estava a olhar para mim porque tinha papel higiénico colado nos sapatos, quando nada disso estava a acontecer".
"Costumava ir às redes sociais quando sabia que não jogava bem, para ver se as pessoas se tinham apercebido que eu era uma merda. Agora, partilho com os meus colegas o que sinto. Digo-lhes: 'hoje sinto-me um lixo', e isso deixa-me mais tranquilo. Já tive treinos em que me questionei se estava a ser julgado por não trabalhar de forma suficientemente dura", acrescentou, dizendo como ultrapassou esta má fase e dando conselhos importantes a quem passa pelo mesmo.
"É preciso ficar calmo. Não me incomodo mais e tento fazer o meu trabalho para me desenvolver como pessoa. A pandemia ensinou à sociedade que a saúde mental prevalece. Quanto mais aceitarmos e normalizarmos, melhor. Falem com as pessoas, digam-lhes como se sentem. Se isto chegar a alguém com o mesmo tipo de sentimentos que eu, espero ter ajudado", rematou.
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