O Liverpool ocupa neste momento um modesto e pouco esperado 9.º lugar ao fim de 18 jogos na Premie League esta temporada, a uns impensáveis 19 pontos do surpreendente líder, o Arsenal. Um cenário bem diferente daquele a que os adeptos dos 'reds' se habituaram desde a chegada de Jurgen Klopp ao comando do clube.
Com o técnico germânico ao leme, o clube de Anfield regressou aos grandes sucessos e já ganhou uma Taça da Liga, uma Supertaça inglesa, uma Taça de Inglaterra, um Mundial de Clubes, uma Supertaça Europeia, uma Liga dos Campeões e, claro uma Premier League, oferecendo ao Liverpool o título de campeão inglês que lhe escapava há 30 anos.
Exceção feita à temporada de 2015/16, que chegou ao comando técnico do Liverpool já com a época em andamento, sucedendo então a Brendon Rodgers, Klopp terminou sempre a Premier League em posição de acesso à Champions (algo que, esta época, poderá estar em risco): dois quartos lugares (em 2016/17 e 2017/18), dois segundos lugares (2018/19 e na época passada, 2021/22), o tal primeiro lugar (2019/20) e um terceiro lugar (2020/21).
Na presente temporada, porém, o Liverpool já sofreu seis derrotas na Premier League (mais quatro do que na época passada) e somou seis empates. Quer isto dizer que em 18 jogos na prova não ganhou dez, tantos como os que não ganhou em todos os 38 da temporada transata. Nas duas últimas jornadas, duas derrotas ante os modestos Brighton e Brentford.
Saiu no final da sétima temporada nos dois outros clubes que treinou
Números que preocupam e que levam a que alguma imprensa recorde uma suposta maldição que parece perseguir Jurgen Klopp: é que apesar de esta ser a sua oitava temporada no clube, é a sétima em que inicia uma época como treinador do Liverpool. E Klopp não parece dar-se muito bem com as sétimas temporadas, tendo essas correspondido às suas derradeiras época no comando dos dois outros clubes que treinou antes dos 'reds': Mainz e Borussia Dortmund.
Klopp estreou-se como treinador principal no Mainz em 2001/02 e teve sucesso quase imediato, ao garantir a promoção à Bundesliga pela primeira vez na história do clube à terceira temporada. Só que três épocas depois Klopp não conseguiu evitar a descida ao segundo escalão e, naquela que foi a sétima temporada naquele clube, falhou depois a subida. E partiu.
Depois do Mainz, Klopp foi para o Borussia Dortmund, onde se afirmou em definitivo como um dos grandes treinadores da atualidade. Levou o Dortmund a uma final da Liga dos Campeões e conquistou dois títulos consecutivos da Bundesliga três Taças da Alemanha. Mas, na sua sétima temporada no Signal Iduna Park, o cenário foi bem menos agradável. O Dortmund terminou no sétimo lugar da Bundesliga e, uma vez mais, à sétima época Klopp saiu.
Com os resultados na Premier League longe bem longe dos alcançados nos últimos anos, e sendo esta também a sétima temporada que Klopp inicia como treinador principal em Anfield, alguma imprensa questiona se esta não corresponderá também - tal como sucedeu nos dois anteriores casos - à derradeira época do treinador germânico em Anfield. E há até quem já o aponte à sucessão a Carlo Ancelotti no comando técnico do Real Madrid.
Para já, Klopp diz que não pensa em sair, a menos que lhe digam para se ir embora, embora reconheça que no final da temporada a história pode ser outra.
"No que me diz respeito, não irei embora a não ser que alguém me diga que tenho de ir. Isso significa que haverá um momento em que talvez tenhamos de mudar outras coisas. Veremos, mas isso é algo para o futuro. Talvez no verão, não agora", afirmou após a derrota do passado fim de semana com o Brighton.
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