O Manchester United rescindiu o contrato de patrocínio que o ligava à companhia aérea russa Aeroflot, em resposta à invasão da Ucrânia ordenada por Vladimir Putin, anunciou hoje o clube da Liga inglesa de futebol.
"À luz dos eventos na Ucrânia, decidimos cancelar os direitos de patrocínio da Aeroflot. Partilhamos as preocupações dos nossos adeptos de todo o mundo e mostramos solidariedade a todos os que estão a ser afetados [pelo conflito na Ucrânia]", pode-se ler num pequeno comunicado do emblema de Manchester.
Na última terça-feira o Manchester United já não viajou na companhia russa na sua deslocação a Espanha, onde defrontou o Atlético Madrid.
Na quinta-feira, o Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, proibiu a Aeroflot de sobrevoar o espaço aéreo britânico e as autoridades aéreas do país terem retirado a sua licença de voo, em resposta à invasão russa à Ucrânia.
“Devido aos eventos na Ucrânia, encerrámos o nosso patrocínio com a Aeroflot. Entendemos as preocupações dos adeptos de todo o mundo, que estendemos aos afetados por esta situação”, refere em comunicado o Manchester United.
A Aeroflot era parceiro oficial do Manchester United desde 2013, transportando os 'red devils' para os jogos fora de portas na Europa. Em 2015 as partes renovaram a parceria por mais cinco anos, no valor de 35,6 milhões de euros.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram mais de uma centena de mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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