José Mourinho, treiandor do Tottenham, acredita que só pode haver uma razão para o antigo treinador do Arsenal, Arsene Wenger, seu rival de longa data, não mencionar o técnico português no seu livro.
"É porque nunca me derrotou", afirmou Mourinho aos jornalista esta sexta-feira, na antevisão do encontro deste fim de semana do Tottenham com o West ham.
A autobiografia de Wenger, intitulada 'My Life in Red and White' ['A minha vida de Vermelho e Branco', cores do Arsenal], olha para os 22 anos do francês ao leme do Arsenal, entre 1996 e 2018, mas não faz qualquer referência aos duelos que travou com Mourinho, que ao leme do Chelsea destronou a famosa equipa dos 'Invencíveis' do Arsenal liderada por Wenger em 2004/05.
A rivalidade entre ambos atingiu o seu auge em 2014, quando os dois chegaram mesmo a envolver-se fisicamente junto à linha lateral durante um encontro da Premier League inglesa em Stamford Bridge, aquando do regresso de Mourinho aos 'Blues'.
Wenger precisou de 14 jogos para conseguir a sua primeira vitória sobre Mourinho, que certa vez chegou mesmo a catalogar o francês de "especialista em fracassos". Ao todo, em 19 jogos entre ambos, Wenger ganhou apenas dois.
"Não vais fazer um capítulo na tua autobiografia sobre 12 ou 14 jogos em que não ganhaste um, por isso porque é que ele iria falar de mim no seu livro? Um livro é algo para nos deixar felizes e orgulhosos, portanto compreendo perfeitamente a situação", acrescentou Mourinho.
Apesar de não mencionar o treinador português na sua autobiografia, Wenger falou recentemente sobre Mourinho, recordando em declarações à rádio 'Talksport' a sua relação conturbada com o 'Special One'. ""Em cada 10 vezes consegues controlar-te em nove mas por vezes as coisas passam das marcas. Tornou-se muito pessoal e ficou um pouco fora do controlo. O problema é que íamos para os jogos já chateados com algo que tinha sido dito na conferência de antevisão. Aconteceu com o Mourinho uma ou duas vezes, mas, após os jogos, tudo ficava bem", assinalou.
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