O treinador português do Chelsea, José Mourinho, afirmou hoje que “não há racismo” no futebol, questionado sobre a quase inexistência de técnicos negros na Inglaterra.

Mourinho respondia a uma pergunta sobre as declarações de Gordon Taylor, dirigente executivo do sindicato dos jogadores profissionais (Professional Footballers' Association), que acredita haver “racismo encapotado” no futebol inglês e que reclama a introdução de normas similares à Regra de Rooney.

A Regra de Rooney, usada no futebol americano, é um modelo de descriminação positiva, que garante as minorias étnicas entre os candidatos a treinadores ou técnicos-adjuntos, algo que o português considera desnecessário.

“Não há racismo no futebol”, disse José Mourinho na conferência de imprensa de antevisão ao confronto do Chelsea com o Arsenal, domingo, justificando: “Se se é bom, é-se bom. E se se é bom, consegue-se o lugar”.

Para o técnico lusa, “quando se tem competência, prova-se que o cargo é merecido”, pois “o futebol não é estúpido ao ponto de fechar as portas aos seus melhores protagonistas”.

Apenas dois treinadores em 92 clubes federados na Inglaterra, nas quatro divisões, são negros: Chris Powell, do Huddersfield Town, e Keith Curle, do Carlisle United.