Ricardo Sá Pinto explicou que não tomou antes uma posição pública para não perturbar a equipa leonina face ao jogo de ontem com o Trofense e divulgou as razões do confronto com Liedson.
"O diferendo com o jogador Liedson foi motivado pela forma incorrecta como o jogador se dirigiu aos adeptos", afirmou Sá Pinto, revelando que o avançado disse que "não voltaria a saudar os adeptos juntamente com os colegas no final dos jogos". "Nesse momento, e perante a minha observação, o atleta reagiu de forma insultuosa", vincou.
"Liedson é inequivocamente um jogador de grande qualidade e importante para o Sporting. Terá, todavia, de rever e rectificar a sua postura enquanto profissional. Apesar de uma SAD ter de proteger os seus activos, não pode, no entanto, prescindir de um conjunto de princípios e valores. Quando o acontecimento interno é tornado público dez minutos após a sua ocorrência, aconselha a prudência que algo seja corrigido. Uma instituição não se deve expor ao exterior desta forma sob pena de sair fragilizada", comentou ainda o ex-director para o futebol leonino, aludindo à revelação do caso logo na manhã seguinte ao jogo da Taça de Portugal.
Sá Pinto mostrou-se ainda indignado com o "branqueamento de comportamentos incorrectos" e a alteração "significativa da imputação de responsabilidades".
"Estou ao lado incondicionalmente dos atletas e a minha relação com o Liedson era excelente. Esta relação jamais faria prever um desfecho desta natureza. Compete a um director de futebol, no âmbito das suas funções, apoiar os atletas em todas as circunstâncias, mas também preservar o respeito pela massa associativa", sublinhou Sá Pinto, refutando a ideia de que a relação complicada com o Levezinho viria já desde os tempos em que ambos privaram no balneário leonino.
A terminar o seu discurso, numa unidade hoteleira em Lisboa, Sá Pinto colocou-se ao serviço do Sporting: "Estarei sempre disponível para servir o meu clube. Sempre."
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