Académica e Olhanense chegavam a esta partida após duas boas exibições frente a Benfica e V. Guimarães respectivamente, contudo com resultados diferentes.
Os “estudantes” entravam para este jogo no segundo lugar do campeonato com três pontos, ao passo que a formação algarvia ocupava a sétima posição com um ponto.
Assistiu-se nos primeiros 45 minutos a um encontro muito disputado a meio campo com uma grande densidade de jogadores nessa zona do terreno, o que não contribuiu para que se assistisse a um bom espectáculo de futebol. Apesar desse facto, a Académica pareceu ser sempre mais equipa e demonstrou-o num conjunto de ocasiões de golo que só não foram concretizadas por manifesta falta de pontaria e de alguma sorte.
Diogo Valente surgiu na equipa de Jorge Costa como o homem em destaque. O jogador emprestado pelo Sporting de Braga à Académica mostrou-se sempre muito perigoso na na hora de cruzar para a área. Foi dos seus pés que saíram três cruzamentos que causaram o pânico entre os centrais de Olhão.
Aos 13 minutos, na sequência de um livre directo, o médio academista fez embater a bola no poste direito da baliza de Moretto. Nas outras duas ocasiões permitiu a Sougou e Orlando rematarem na pequena área com grande perigo, mas a bola teimou em não entrar.
No lance protagonizado pelo avançado Senegalês é impressionante como à boca da baliza consegue colocar a bola por cima da barra.
Do lado do Olhanense, a objectividade dos seus homens mais avançados foi quase inexistente, excepção feita a Jorge Gonçalves que remou contra a maré e disputou sempre até à ultima cada lance . Saiu dos seus pés, aos 26 minutos, o remate que proporcionou a defesa da noite. Na cobrança de uma falta rápida, Jorge Gonçalves recebe a bola e, sem cerimónias, remata de forma enviesada, obrigando Peiser a estirar-se todo para conseguir evitar o golo.
O empate ao intervalo penalizava a equipa da casa que muito tinha feito pela vida.
Na segunda parte assistiu-se a um encontro mais dividido mas nem por isso melhor jogado. A partida começou a jogar-se no campo todo e Paulo Sérgio chegou a pôr à prova Peiser através de um remate forte, após jogada individual.
No entanto, após os dez minutos iniciais tudo voltou à forma da primeira parte. A Académica voltou a atacar, o Olhanense a defender e a bola sem entrar.
Se na primeira parte tinha brilhado Diogo Valente, neste segundo tempo foi Sougou que deu nas vistas. O senegalês fez uso da sua velocidade e do drible curto para deixar muitos dos seus adversários para trás. O que faltou ao avançado foi sempre um pouco de discernimento na hora de alvejar a baliza defendida por Moretto.
Do lado do Olhanense, Daúto Faquirá bem tentou espevitar a equipa com a entrada de Yontcha e Toy e saídas de Jorge Gonçalves e Djalmir, mas nem por isso se viu uma subida de produção da formação algarvia.
Excepção feita a uma jogada de Yontcha a quatro minutos do fim da partida, quando o avançado driblou um adversário e rematou a bola em jeito, embatendo esta na barra da baliza defendida por Peiser.
Quando já todos esperavam pelo fim do jogo, chegaram os tão esperados golos. Um cruzamento de Júnior Paraíba encontrou ao segundo poste a cabeça de Diogo Gomes que atiru a bola para o fundo das redes fazendo o primeiro golo para a Académica.
O Olhanense reagiu de pronto e num dos lances finais do encontro, a bola embateu na mão de Éder dentro da área. O árbitro Marco Ferreira, perto do lance, não teve dúvidas e apontou para a marca da grande penalidade. Yontcha chamado a marcar não falhou e fixou o resultado final.
O empate permite à Académica ascender ao primeiro lugar da classificação com quatro pontos somados, enquanto o Olhanense mantém o sétimo posto com dois pontos.
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