As alegações finais do julgamento parcial de elementos da claque de futebol No Name Boys, acusados de distúrbios na Segunda Circular (Lisboa) e num posto de abastecimento de combustíveis em Alcochete, foram marcadas hoje para 02 de maio.

Após a terceira sessão do julgamento, em que foi inquirida uma única testemunha, o coletivo de juízes presidido por Renato Barroso anunciou a audiência de alegações finais para as 14h00 da primeira quarta-feira de maio, na 5.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.

Na mesma sessão, a testemunha de defesa que falta ouvir no processo será interrogada, antes de o Ministério Público e advogados procederem às alegações finais.

Em julgamento, estão sete elementos afetos à claque No Name Boys, que segue o Benfica, e a repetição parcial de processos conexos foi determinada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, depois dos recursos das defesas, alegando que as penas aplicadas a 28 de maio de 2010 - 13 penas efetivas de prisão e 16 suspensas - foram desproporcionadas.

Alegaram ainda as defesas dos sete arguidos que as condenações de maio de 2010 foram aplicadas sem a fundamentação de prova.

Na primeira sessão do julgamento, a 29 de fevereiro, Hugo Caturna, José Pité Ferreira, Fábio Santos e António Claro referiram que não estiveram envolvidos nos incidentes num posto de abastecimento de combustíveis em Alcochete, a 28 de junho de 2008, e no McDonalds, na Segunda Circular, três dias depois.

Com recurso a fotogramas, as defesas alegaram que, embora os arguidos tenham estado naqueles locais na altura dos desacatos, não participaram nos atos criminosos.

No entanto, António Claro, condenado em cúmulo jurídico a 12 anos de prisão no julgamento de maio de 2010, a pena mais pesada, admitiu que, em Alcochete, apenas atingiu um adepto do FC Porto com uma garrafa de cerveja, horas depois de o Benfica-FC Porto (1-1), da segunda jornada da Liga de futebol da temporada de 2008/09.

Pedro Taranta, Bruno Cardoso e Nuno Fernandes optaram pelo silêncio.

Trinta e sete arguidos - oito foram absolvidos - foram julgados de março a maio de 2010, acusados da práticas dos crimes de associação criminosa, tráfico de droga, posse de armas brancas e de guerra, ofensas à integridade física, incêndio, roubo e outros ilícitos.