Vitória, vitória, vitória. Essa era a palavra de ordem depois do resultado surpresa no Bessa na primeira jornada da I Liga (3-2).

Na partida no estádio da Luz o Benfica esteve quase sempre de mira apontada à baliza do Estrela da Amadora, mas só desbloqueou o jogo à passagem do minuto 79´, num tento de Casper Tengstedt, na primeira jogada em que o dinamarquês tocou no esférico.

Veja o resumo da partida

O domínio do Benfica foi praticamente total ao longo dos 90 minutos, domínio esse que se acentuou a partir dos últimos 15 minutos da primeira parte. As águias acabaram a partida, veja-se só, com 30 remates à baliza do Estrela, nove dos quais enquadrados com a baliza. A nível de posse de bola, 66% para as águias e 34% para o Estrela.

Até à meia hora o Benfica teve sempre muitas dificuldades para chegar ao último terço, com o Estrela muito compacto no seu setor defensivo. O conjunto orientado por Roger Schdmit criou o primeiro lance de perigo à passagem do minuto 32´, com Arthur Cabral (a estrear-se na equipa) a não conseguir bater Bruno Brígido. Pouco depois, o guardião do Estrela voltou a opor-se da melhor forma a um tiro de Di María.

A primeira parte terminava e o Benfica somava muita posse, mas revelava grande ineficácia na finalização.

No segundo tempo, a toada manteve-se, com o conjunto de Roger Schmidt a intensificar a pressão e a conseguir encostar o Estrela lá atrás. Só Brígido e o desacerto na finalização, exemplo disso foi o remate de Di María às malhas laterais quando estava em excelente posição para marcar, iam adiando o golo. Só que o Benfica haveria mesmo de marcar, numa jogada iniciada por David Neres e feita para a finalização com classe de Casper Tengstedt. Estava feito o mais difícil.

O segundo golo do jogo acabou por surgir já no tempo de compensação, com Neres, de novo ele, a oferecer o golo a Rafa. Vitória difícil e suada do Benfica que assim regressa às vitórias na I Liga.

Momento e homem do jogo

A entrada de David Neres: O brasileiro mexeu com o jogo e partiu as linhas do Estrela. Antes do golo já tinha criado a jogada que terminou na finalização desacertada de Di María. Depois abriu o livro e ofereceu de bandeja os tentos a Casper Tengstedt e Rafa. O criativo demonstra mais uma vez a Roger Schmidt que é um jogador determinante e que pode ‘mexer’ com o jogo das águias.

Bruno Brígido

Se o Estrela conseguiu estar empatado com o Benfica até ao minuto 79 muito o deve a Bruno Brígido. O guardião somou intervenções atrás de intervenções. Fez grandes estiradas a remates de Di María, travou ainda várias tentativas de remate de Arthur Cabral e Rafa. Seguríssimo entrou os postes, só não conseguiu evitar o inevitável.

Arthur Cabral

Boas indicações do avançado contratado à Fiorentina. Não marcou é certo, mas deu-se ao jogo e teve várias ocasiões para finalizazar, mas faltou ainda o instinto matador e entrosamento com a equipa. Precisa de tempo para conhecer as dinâmicas dos colegas.

Samuel Soares

Entrou para o lugar de Vlachodimos e demonstrou segurança entre os postes quando foi chamado a jogo, mas foi praticamente um espectador ao longo da partida.

Reações

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