E se, em vez de um avançado nórdico a atormentar as defesas contrárias, aparecerem dois? 'Não bastava um?', terão pensado os defensores  do AVS quando se depararam com o jovem Conrad Harder pela frente ao lado de Viktor Gyokeres no ataque do Sporting.

O jovem dinamarquês foi pela primeira vez titular de leão ao peito...e só precisou de 15 minutos para marcar (depois ainda juntou ao golo uma assistência). Já Gyokeres foi igual a si mesmo...

O Sporting somou a sexta vitória em seis jogos na I Liga 24/25 ao bater o AVS por 3-0, num triunfo tranquilo e natural, à boleia do suspeito do costume e do reforço de 19 anos vindo do Nordsjaelland, que jogou de início face à lesão de Pedro Gonçalves.

Os leões continuam a respirar saúde e ninguém deu pela ausência de Pote (ou de Gonçalo Inácio, outro dos homens que ficou de fora por lesão). Foi a 6.ª vitória em 6 jogos na presente edição da I Liga, a 7.ª vitória seguida no conjunto de todas as competições, o 5.º jogo seguido sem sofrer golos, o 6.º encontro da época (em 8) a marcar mais do que dois golos e o 20.º triunfo consecutivo em Alvalade em jogos para o campeonato.

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O jogo: Um leão imparável, um sueco insaciável e um dinamarquês a querer imitá-lo

Com Kovacevic, St. Juste, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves e Marcus Edwards lesionados, Rúben Amorim promoveu várias mexidas no seu onze habitual. Harder foi a grande novidade, titular pela primeira vez nos campeões nacionais, mas houve outras: no meio-campo Daniel Bragança relegou Morita para o banco, enquanto na ala esquerda Nuno Santos substitui Geny Catamo. Quenda manteve-se na direita e no centro da defesa alinharam de início três disponíveis (Matheus Reis, Debast e Diomande).

Do outro lado o destaque ia, naturalmente, para a baliza, onde o carismático Gillhermo Ochoa voltava a ser titular (e capitão). O jogo foi de sentido único,, com o Sporting a escostar o AVS à sua área desde o início, mas foi mesmo o guarda-redes mexicano o primeiro a brilhar, com uma excelente defesa a remate de Francisco Trincão.

Só que, logo depois, Harder levou Alvalade ao rubro com o seu golo, o primeiro de leão ao peito, a passe de Hjulmand, num lance em que a bola também passou por Gyokeres. Uma autêntica 'sociedade escandinava' que também iria estar na origem do segundo golo, a fechar a primeira parte, aí com Harder a assistir Gyokeres depois de uma recuperação de bola de Hjulmand. Pelo meio o Sporting somou mais umas quantas ocasiões de golo, com Ochoa a efetuar mais algumas boas defesas.

E no segundo tempo pouco mudou. Harder saiu e foi aplaudido de pé pelos adeptos, mas Gyokeres continuou em campo e bisou, num contra-ataque rápido em que combinou bem com Trincão. O sueco já leva 11 golos na época pelo Sporting em 8 jogos pelo e marca há 7 encontros consecutivos (9 se contarmos também os jogos pela Suécia na Liga das Nações). Só ficou em branco no primeiro jogo da época (derrota com o FC Porto na Supertaça por 3-4, numa partida em que, ainda assim, fez duas assistências).

O momento: Harder a tornar tudo mais fácil

Minuto 15: o Sporting dominava, já tinha ameaçado e marcou mesmo. Conrad Harder disse presente na ausência de Pedro Gonçalves e assinalou a sua estreia como titular com o golo que abriu caminho a mais um triunfo verde e branco. Bela jogada dos leões, com Gyokeres a combinar com Hjulmand e este a servir o jovem dinamarquês, que rematou de pé esquerdo fazendo a bola entrar junto ao poste mais próximo.

O destaque: Conrad Harder, 'Gyokeres 2.0'?

Como tem sido durante este arranque de temporada, Gyokeres foi uma vez mais impressionante. Bisou, esteve também no lance do primeiro golo e ainda obrigou Ochoa a um punhado de excelentes defesas, mostrando a qualidade e a capacidade física do costume. Mas isso já não surpreende ninguém. O que terá surpreendido muitos, certamente, foi o que Conrad Harder fez no seu primeiro jogo como titular no Sporting: um golo, com uma excelente finalização, uma excelente assistência para o 2-0, mais alguns pormenores e uma vontade enorme de se mostrar. Os adeptos leoninos terão ficado encantados e a pensar: 'Será que encontrámos a versão 2.0 do Gyokeres?'.

Reações

- Rúben Amorim: "Devíamos ter feito mais golos. Único senão foi termos baixado a velocidade na parte final"

- Vítor Campelos: "Quando se joga com este Sporting, tentámos tapar de um lado e destapámos do outro"

- "Este é, se calhar, o Sporting mais forte desde que sou nascido". Luís Silva impressionado. Gyokeres destaca "muita fome" de Harder

O resumo