Clássico dos clássicos, mas com a qualidade ausente do relvado da Luz. Partida jogada na maior parte do tempo aos repelões, com muitas faltas para ambos os lados e com a emoção a ficar guardada para os últimos minutos.

Veja o resumo do Benfica - FC Porto

Um resultado que tem um sabor amargo tanto para Benfica como para o FC Porto. Os dragões despediram-se praticamente da possibilidade de poderem revalidar o título. Já os encarnados viram gorada - em princípio - a possibilidade de chegarem ao segundo lugar.

Ambas as equipas não conseguiram colocar em campo o seu jogo e houve falta de qualidade no futebol corrido. Um jogo muito faltoso, com muitas interrupções e com pouca dinâmica.

No fundo, depois de bem espremido, do jogo sobraram dois derrotados, duas equipas que nunca conseguiram verdadeiramente impor a sua superioridade coletiva ligado ao longo da temporada.

No encontro da luz, demérito para o Benfica na forma como não conseguiu guardar a vantagem, e também para o FC Porto que acabou por não fazer o suficiente para merecer a vitória.

Se os nortenhos entraram de uma forma mais contundente no encontro, com várias oportunidades, acabou por ser o Benfica a chegar ao golo, num grande lance de Everton que parece querer mostrar no final desta época os argumentos que fizeram com que fosse contratado ao Grémio.

Em relação às equipas, Jorge Jesus voltou a apostar no esquema de três centrais, com o regresso de Otamendi e a titularidade de Weigl. Nos dragões, Sérgio Conceição lançou Luis Díaz para o lugar de Corona, a grande ausência da partida.

Mesmo depois de se ver a perder, os azuis e brancos conseguiram quase sempre controlar os tempos do jogo. O Benfica tentou responder nos lances de bola parada e sobretudo nas transições, onde se sente muito confortável. O FC Porto rematou o triplo do Benfica (15-5) mas esteve desastrado na finalização: Apenas dois remates enquadrados contra os três do Benfica.

No segundo tempo o Benfica quis mostrar outra cara, mas o FC Porto conseguiu na maior parte do tempo manietar a dinâmica ofensiva dos encarnados, com excepção dos últimos minutos, com o jogo já partido em termos táticos. Com a derrota a vislumbrar-se, os dragões foram para a frente. Conceição tirou Zaidu e lançou João Mário e a equipa ganhou outras dinâmicas. Foi dessa forma que surpreendeu o adversário, já que foi o jogador de 21 anos que assistiu Uribe para o golo do empate.

Com o risco do FC Porto, e com a entrada de Darwin, o Benfica tentou explorar o ouro, pelo lado direito da defesa portista e podia ter sido feliz na parte final do encontro. O jogo partiu e podia ter dado para ambos os lados. Nos minutos finais, Taarabt, entrou na segunda parte, disparou com Marchesín a defender para o ferro. Já nos últimos suspiros do clássico, Pizzi ainda marcou para o Benfica, mas o lance foi anulado por fora de jogo. Divisão de pontos, mas o resultado comprometeu os objetivos das duas equipas.

Arbitragem

Incapacidade para controlar o jogo por parte de Artur Soares Dias que não lidou bem com a pressão do jogo. Acabou por ser salvo pelo VAR (João Pinheiro) que acabou por reverter duas decisões de grande penalidade e anulou o golo a Pizzi de forma correta.

Momento

O golo anulado a Pizzi já nos descontos. Seria o canto do cisne para o FC Porto e poderia ainda colocar o Benfica no rota do segundo lugar. Acabou por ser bem anulado e o empate deixa os encarnados bem longe do segundo lugar.

Melhores

Uribe

Foi o dínamo do lado dos dragões na forma como atacou e defendeu e foi o mais eficaz nessa tarefa entre todos que estiveram em campo. Sempre com os olhos postos na baliza, acabou por fazer o golo do empate. O melhor do clássico.

João Mário

Entrou para mexer com o jogo e foi eficaz na tarefa. 21 anos de talento, ofereceu o golo do empate com a assistência para Uribe.

Lucas Veríssimo

Foi uma autêntica muralha a travar os intentos dos jogadores do FC Porto e esteve imperial na forma como comandou a defesa. Fez cortes determinantes ao longo do jogo.

Everton Cebolinha

Parece finalmente querer demonstrar o fulgor e a qualidade que o notabilizaram no Brasil. Excelente na forma como criou o golo do Benfica. Teve magia no pé, que brasileiro tem.

Reações

Jorge Jesus: "Existiram pormenores em que sentimos para onde estava a balança..."

Vítor Bruno: "Ficamos mais longe, mas vamos lutar até ao fim"