O futebolista do Paços de Ferreira Andrezinho deu hoje conta da "grande satisfação" pela estreia na Primeira Liga em Arouca, esperando servir de exemplo aos jovens da formação do clube pacense.

"A meio da semana comecei a desconfiar que podia jogar e, mesmo sem estar à espera, fiquei mais certo disso no último treino. Curiosamente, não me senti nervoso e, para ser sincero, acreditava que a oportunidade ia acontecer um dia", disse Andrezinho à agência Lusa.

Após cinco jogos como suplente não utilizado no campeonato, o médio da ‘cantera’ pacense, de 19 anos, alinhou de início no encontro da 30.ª jornada, que o Paços venceu por 3-1, num ‘onze’ em que teve como companheiros os juniores Sousa e Diogo Jota.

"É bom saber que temos colegas ao nosso lado com quem jogámos na formação, mas todos os outros colegas foram importantes. O Hélder [Lopes], que jogou atrás de mim, por exemplo, disse-me para estar tranquilo. Penso que foi uma boa estreia e uma grande satisfação", sublinhou.

Andrezinho alinhou durante 75 minutos e foi interveniente direto no lance do primeiro golo da vitória em Arouca, ao lançar Diogo Jota, que, depois, assistiu Bruno Moreira.

"Treinar é diferente da competição e calculava que, com o decorrer do tempo, pudesse acusar falta de ritmo, mas foram bons 75 minutos", acrescentou Andrezinho, desejoso de funcionar como "mais um exemplo para que os outros miúdos da formação acreditem que é possível vencer".

O médio pacense foi o 30.º elemento do plantel utilizado esta época por Paulo Fonseca na Primeira Liga, numa lista em que apenas o terceiro guarda-redes Marco ainda não faz parte.

"Evoluí muito, mas houve fases mais complicadas. Já começava a ficar difícil treinar apenas. Esperei tanto por esta oportunidade, que tinha de a aproveitar, sem receios", afirmou.

O camisola 25 do Paços de Ferreira, que até ao jogo em Arouca apenas tinha entrado num encontro da Taça da Liga e noutro da Taça de Portugal, confessou que ganhou "mais alento para trabalhar e repetir a oportunidade" de jogar, ajudando a equipa a lutar pelos seus objetivos.

"Estamos tão próximos [dos lugares europeus], que não podemos dizer que é impossível. Queremos ganhar todos os jogos e, no fim, fazemos as contas", concluiu.