Angelino Ferreira veio a público negar as acusações de que foi alvo por parte de Jorge Nuno Pinto da Costa. O atual presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do FC Porto foi acusado, por parte do antigo líder dos azuis e brancos, de de ter passado faturas à SAD depois de a ter deixado em 2014.

"É totalmente falsa a afirmação contida no comunicado difundido pelo Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa no passado dia 9 de fevereiro, de que, depois de abandonar o cargo, tenha apresentado qualquer fatura ao FC Porto. Tal comportamento teria sido intrinsecamente contrário aos valores de rigor, de transparência e de defesa dos interesses dos acionistas da FC Porto SAD que defendo", afirma Angelino Ferreira.

"Partilho valores morais e éticos que não se compadecem com a falta da verdade, com atropelos ao rigor e que sejam condescendentes com a existência de conflitos de interesses numa sociedade desportiva, pública e cotada em bolsa", acrescenta.

O dirigente explica o seu processo de saída da SAD do FC Porto em 2014, e todas as contas e pagamentos que foram feitos que, segundo Angelino Ferreira, são todos justificados através da respetiva documentação.

"Em março de 2014, por minha iniciativa, cessei as minhas funções em todos os lugares de administração das sociedades que integram o grupo FC Porto, incluindo na FC Porto, SAD. No dia 31 desse mês, exclusivamente com a FC Porto, SAD foram encerradas todas as minhas contas com a sociedade. Foram-me pagos todos os valores relativos ao salário desse mês, dos proporcionais salariais previstos na lei, das gratificações (relativas à época de 2012/2013) e despesas de representação em dívida até aquela data, todas suportadas na respetiva documentação justificativa, nos estritos termos das condições fixadas pela Comissão de Remunerações do FC Porto"

De relembrar que esta segunda-feira, Pinto da Costa reagiu aos resultados da auditoria forense efetuada aos últimos dez anos da sua administração. Entre outros temas, o antigo presidente dos dragões falou das despesas de representação detalhadas, assunto onde aproveitou para atacar Angelino Ferreira.

"[Despesas de representação] Sempre existiram na SAD sendo uma prática aceite no universo empresarial e sem que alguma vez tenham sido postas em causa pelos auditores o que, a ter acontecido, seria motivo para imediatamente se corrigirem procedimentos. A prova de que assim sempre aconteceu, é que o atual Presidente do Conselho Fiscal, sendo administrador financeiro da SAD no período imediatamente anterior ao da auditoria, também assim procedeu. Mesmo já depois de ter abandonado o cargo continuou a apresentar faturas para esgotar o saldo que deixou na SAD, por ser entendimento de que tinha esse direito", escreveu Pinto da Costa