![Pinto da Costa reage à auditoria e ataca atual direção do FC Porto:](/assets/img/blank.png)
Jorge Nuno Pinto da Costa quebrou o silêncio e enviou um comunicado ao diário desportivo 'O Jogo' onde reage aos resultados da recente auditoria forense feita aos últimos dez anos de administração do FC Porto.
O antigo presidente dos dragões começa por justificar este comunicado que, segundo o mesmo, visam defender o trabalho que desenvolveu ao serviço dos azuis e brancos.
"Ao longo dos últimos meses tenho mantido o silêncio perante os ataques que me têm sido dirigidos, procurando, assim, contribuir para a preservação do bom nome do FC Porto e para não suscitar qualquer foco de instabilidade que possa ser visto como causador de insucesso desportivo. Assisti no estádio aos primeiros jogos, tendo recebido inúmeras manifestações de carinho, mas que não foram bem entendidas por alguns. O silêncio deixa, assim, de ser uma opção, numa altura em que se torna por demais evidente o objetivo de denegrir o caráter, o trabalho e o legado de quem dedicou longos anos ao serviço do clube", começa por dizer.
Pinto da Costa refutou as críticas feitas à anterior administração do clube, mormente no que diz respeito à situação financeira deixada.
"Uma das mensagens que mais insistentemente se faz passar, é a de que a administração a que presidi apenas deixou 8 mil euros aos seus sucessores, ficando o clube estrangulado e sem soluções para o futuro. Nada de mais falso, como agora se tornou evidente. Investimos e valorizámos um plantel que permitiu à atual administração, apenas na primeira metade da época, um encaixe de 167 milhões de euros. Concretizámos novas parcerias, nomeadamente com a Ithaka, envolvendo a atribuição de uma verba de 65 milhões de euros", refere o antigo presidente.
O presidente honorário do clube mencionou ainda outros feitos da sua administração e que, segundo o próprio, contribuíram para o seu legado.
"Do legado faz ainda parte a qualificação do FC Porto para o novo Mundial de Clubes, consequência da competitividade internacional dos anos anteriores e interessante oportunidade desportiva e financeira. E deixámos também um estádio e um pavilhão integralmente pagos, bem como um centro de treinos e formação e um museu de última geração", acrescenta.
Os recentes resultados da auditoria forense foram também alvo de crítica por parte do antigo dirigente portista.
"Constato tristemente que as conclusões foram ao encontro do que quem as encomendou pretendia, lançando-se uma série de informações descontextualizadas. Omite-se que as contas foram sempre auditadas pelas maiores empresas internacionais do setor, inclusive pela agora autora da auditoria forense, sem nunca algo ter sido assinalado de irregular. Ignorou-se que o recurso às despesas de representação aprovadas pela Comissão de Vencimentos não são de agora. Sempre existiram na SAD, sendo uma prática aceite no universo empresarial e sem que alguma vez tenham sido postas em causa pelos auditores o que, a ter acontecido, seria motivo para imediatamente se corrigirem procedimentos", escreve Pinto da Costa.
Finalmente, Pinto da Costa incidiu sobre as transferências de jogadores, onde, para além de defender a sua política, lançou algumas farpas à atual direção.
"Também se procurou qualificar como absurdo o pagamento em transferências de jogadores de futebol, não se tendo identificado, contudo, qualquer ilegalidade ou discrepância relevante face à prática de clubes concorrentes. A importância das comissões no sucesso de negócios que têm impacto desportivo não muda através de operações de cosmética, como a alteração do nome das comissões ou a inflação de negócios para que aparentemente não as incluam", atira.
O histórico presidente azul e branco conclui com o desejo que "a investigação prossiga para que possa apurar-se se o tão relevante valor referido pela auditoria como indevido se verifica, assumindo-se então as consequências que daí advêm"
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