O FC Porto prioriza em 2022/23 uma inédita revalidação do título de campeão da I Liga de futebol na ‘era’ Sérgio Conceição, na sequência do 30.º cetro e da nona ‘dobradinha’, que geraram ‘baixas’ sensíveis parcialmente colmatadas.
À partida para a sua sexta época seguida à frente dos ‘dragões’, o treinador, de 47 anos, conta com quase todo o núcleo duro responsável pelo seu terceiro êxito intercalado no campeonato em 2021/22, com um recorde de 91 pontos, depois de 2017/18 e 2019/20.
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O guarda-redes Diogo Costa, os defesas João Mário, Pepe e Zaidu, os médios Uribe e Otávio e os avançados Taremi e Evanilson amparam o FC Porto, cuja saída em fim de contrato de Mbemba justificou a compra do emergente central David Carmo ao Sporting de Braga, por 20 milhões de euros (ME), na maior transferência entre clubes nacionais.
Sérgio Conceição aguarda pelo sucessor do médio Vitinha (Paris Saint-Germain, por 41,5 ME) , depois de garantir André Franco, junto do Estoril. Um médio que poderá colmatar a saída de Fábio Vieira (Arsenal, por 35 ME), num defeso em que o treinador também viu o seu filho Francisco Conceição rumar, com polémica, ao Ajax, a troco de cinco ME.
Essa perda já foi compensada pelo extremo brasileiro Gabriel Veron (ex-Palmeiras, por 10,2 ME), campeão e melhor jogador do Mundial de sub-17 de 2019, que se estreou logo com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira frente ao Tondela, da II Liga, por 3-0.
Nesse jogo atuou pela última vez o ‘guardião’ Agustín Marchesín, que, rumou na terça-feira ao Celta de Vigo e juntou-se entre as saídas a Sérgio Oliveira - cessou uma ligação de 20 anos -, Rúben Semedo, Tomás Esteves, Diogo Leite, Carraça e Mamadou Loum.
Independentemente das entradas e saídas consumadas ou pendentes, o principal ‘trunfo’ do FC Porto continua a denominar-se Sérgio Conceição, que igualou no sábado Artur Jorge como treinador mais titulado do clube, com oito troféus em todas as competições.
“A minha preocupação agora é guardar os jogadores que estavam na folha de jogo [da Supertaça]. São importantes para a nossa caminhada. Não quero que ninguém saia e temos de reajustar o plantel, mas é uma conversa que ainda vamos ter com o presidente [Jorge Nuno Pinto da Costa]. É sempre assim”, observou o vencedor de duas Taças de Portugal e três Supertaças, por entre algumas prestações dignas na Liga dos Campeões.
Reconhecido pela versatilidade tática entre o ‘4-3-3’ e o ‘4-4-2’, o técnico mais duradouro no cargo durante os 40 anos de ‘reinado’ de Pinto da Costa encara a primeira janela de mercado desde a saída dos ‘dragões’ da jurisdição do fair-play financeiro, na qual foram ativadas as opções de compra do defesa João Marcelo e dos médios Grujic e Eustáquio.
Sérgio Conceição tem no ‘capitão’ Pepe e em Otávio extensões para a transmissão da mística do FC Porto aos mais novos, como Danny Loader, que se impõe como principal promessa proveniente da equipa B, acima de Gonçalo Borges, Bernardo Folha, Vasco Sousa ou Francisco Meixedo, no ataque a um ‘bicampeonato’ em falta desde 2012/13.
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