Os árbitros demonstraram a sua solidariedade para com os colegas suspensos por recusarem orientar jogos de futebol do Sporting realizando testes físicos incompletos e exigem a sua despenalização, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).

«Com esta medida, todos os árbitros e árbitros assistentes assumem uma penalização mínima na sua classificação final, penalização essa que permitirá, de algum modo, ‘equilibrar’ aquela que eventualmente será sofrida pelos colegas em questão», lê-se em comunicado sobre o facto de os “juízes” terem completado 14 das 15 voltas previstas nas provas físicas regulamentares de 29 de fevereiro, no Centro de Estágio do Luso, prevendo igual medida para 08 de março.

Os árbitros que recusaram dirigir a partida entre o Beira-Mar e o Sporting, da segunda jornada da Liga, foram castigados com penas de entre três e um jogo pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

João Ferreira (Setúbal), o primeiro designado para orientar o encontro e que recusou, alegadamente por causa das críticas de dirigentes do Sporting às arbitragens, foi sancionado com três partidas de suspensão.

Paulo Baptista (Portalegre), que se mostrou indisponível em seguida, foi suspenso por duas partidas. Rui Patrício (Aveiro), inicialmente designado para quarto árbitro, e os assistentes Pais António (Setúbal) e Valter Pereira (Setúbal) foram punidos com um jogo de suspensão.

Na altura, a partida foi dirigida pelo árbitro dos distritais de Aveiro Fernando Martins e terminou empatada 0-0.

«A solução não é a ideal, mas é a possível e só é viável porque todos os árbitros e árbitros assistentes aceitarão as consequências desta medida. Aguardam também que a órgão competente da FPF venha repor a justiça e despenalize os colegas, alvos desta decisão, bem como atue contra aqueles que reiteradamente põem em causa a honorabilidade e integridade dos árbitros portugueses», concluiu-se no texto.