Eusébio, Damas, Bento, Manuel Fernandes, Peyroteo, Coluna, Cardozo, Liedson, … A lista de grandes jogadores que passaram pela história do dérbi é tão longa quanto a memória do próprio duelo de Lisboa.
Rivais há mais de 100 anos, Benfica e Sporting preparam-se para juntar mais um duelo aos 162 dérbis já disputados desde 1935 para o campeonato nacional. O palco, esse, será o Estádio da Luz. O recinto do Benfica acolhe o jogo 82 com o Benfica na condição de anfitrião, um papel que os encarnados vestem com rigor perante o Sporting. O bicampeão nacional regista até ao momento 45 triunfos em 81 desafios, consentindo ainda 22 empates e apenas 14 derrotas. Em termos relativos, há pois uma maioria absoluta encarnada na Luz, com 56 por cento de vitórias, contra os 17 por cento da oposição leonina. Se dermos um pequeno salto até Alvalade, onde se disputaram os mesmos 81 encontros, verificamos que o domínio é bem mais dividido: com 32 vitórias para os leões (40%) e 30 (37%) para as águias. Quanto aos números dos golos, esses são maioritariamente escritos com ‘tinta vermelha’. De facto, os 265 golos faturados na Luz são repartidos da seguinte forma: 164 tentos para o Benfica e 101 para o Sporting. Num dérbi profundamente marcado pelo regresso de Jorge Jesus à Luz, onde passou os últimos seis anos, o agora técnico do Sporting construiu um dos ciclos mais duradouros de domínio do Benfica. O técnico de 61 anos chegou à Luz em 2009 e saiu em 2015, nunca tendo perdido na Luz com os leões que agora comanda. E com cinco vitórias em seis anos ajudou de forma decisiva ao ciclo recorde de seis dérbis vitoriosos consecutivos nesta história, entre 2008 e 2014. Em sentido inverso, o máximo de dérbis seguidos que os leões estiveram sem perder na Luz cifrou-se em quatro, disputados entre 1948 e 1950. Os números dizem tudo isto e mais alguma coisa, mas não dizem quem vai ganhar o dérbi de domingo. Porque há chavões com sentido, este é o jogo que os usa com propriedade, sendo, acima de tudo, um “jogo de tripla”.
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