A estratégia da Naval foi simples para este encontro: defender, defender e defender.
A equipa de Augusto Inácio nunca teve a baliza de Quim por objectivo e um ponto foi o máximo que a equipa procurou. E fê-lo bem até ao minuto 89, quando Javi Garcia levantou as bancadas do estádio da Luz, já desesperadas com tantas oportunidades falhadas.
Sem Cardozo como referência na frente de ataque, o Benfica mostrou-se menos acutilante que noutros jogos e, nos primeiros minutos, apenas de bola parada se mostrou mais perigoso.
Na cobrança de livres directos, primeiro Di Maria, e Javi Garcia depois, obrigaram Peiser a aplicar-se para manter o empate.
A poucos minutos do intervalo, Saviola teve nos pés a melhor oportunidade do parte, mas a bola esbarrou no poste, depois de um canto marcado na esquerda por Di Maria.
À entrada para o segundo tempo mais do mesmo, com o Benfica a encostar a Naval às cordas em busca do golo que apagasse o 0 a 0 do marcador.
Quem não parecia estar para aí virado era Peiser, que com um punhado de boas intervenções foi negando o golo aos homens de Jorge Jesus.
E quando não era o guarda-redes da Naval a impedir o golo era o excesso de pontaria dos avançados da Luz. Di Maria num remate fora de área fez a bola embater mais uma vez com estrondo no poste da baliza da Naval.
Jorge Jesus desesperava no banco depois de ter apostado em Weldon e Keirrison para desfazer o nulo. O jogo acabou com as duas equipas a jogarem apenas no meio campo da Naval e num sufoco final o Benfica chegou mesmo ao golo.
Depois de um livre marcado por Di Maria na esquerda, Javi Garcia saltou mais alto e de cabeça pôs os adeptos em delírio, quando já se pensava que a divisão de pontos ia castigar o esforço do Benfica e compensar a atitude ultra defensiva da Naval.
Com esta vitória, o Benfica regressa ao topo do campeonato, em igualdade com o Braga, que, todavia, tem vantagem sobre os encarnados no confronto directo, e distancia-se do FC Porto, que ontem perdeu com o Marítimo por 1-0.
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