O Benfica justificou, esta sexta-feira, o requerimento da abertura de instrução no processo e-toupeira.
A equipa de advogados do clube da Luz, constituída por Paulo Saragoça da Matta, Rui Patrício e João Medeiros consideram que a acusação ao Benfica "não é procedente".
"A decisão assenta em três pontos fundamentais: o total desconhecimento da Benfica SAD dos factos imputados e inexistência de qualquer intervenção ou atuação ou omissão relevantes da Benfica SAD nas matérias tratadas pelo processo; a total ausência de elementos probatórios que liguem a Benfica SAD às atuações descritas na acusação; total omissão de narração de factos concretos na acusação que permitam imputar a prática de qualquer crime à Benfica SAD, havendo ainda contradições na própria acusação", pode ler-se.
"A estratégia, num processo desta natureza, é fácil. Haver razões, de facto, de direito que nos levam a entender que a acusação contra a Benfica SAD não é procedente. Temos de sublinhar isso no âmbito desta fase instrutória", considera Paulo Saragoça da Matta.
Convidado a comentar se a SAD receia os crimes imputados, Rui Patrício discorda: "Não é essa, de todo, a nossa convicção. Aliás, se fosse não teríamos feito um requerimento de abertura de instrução com tanta convicção e firmeza. A nossa cliente não concorda. Respeita a posição do Ministério Público, mas discorda frontalmente", acrescentou.
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