O Boavista irá apresentar uma queixa-crime contra o Marítimo, despromovido à II Liga, que interpôs hoje no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) uma providência cautelar contra a Liga de futebol face à inscrição dos ‘axadrezados’ na elite.

Em comunicado publicado através do seu sítio oficial, o clube do Bessa diz ter conhecido “com enorme estupefação” as alegações manifestadas pelos insulares, que defendem a existência de anomalias no licenciamento das ‘panteras’ para a próxima edição da I Liga.

“Analisando os argumentos constados naquela providência, e tendo em conta os falsos e caluniosos fundamentos apontados, a Boavista FC, Futebol SAD comunica que vai agir judicialmente contra a Marítimo da Madeira, Futebol SAD, através de uma queixa-crime”, anunciaram os ‘axadrezados’, cortando ainda, “com efeitos imediatos, todas as relações institucionais com os atuais corpos gerentes” da administração presidida por Rui Fontes.

O Marítimo submeteu nova providência cautelar contra a Liga de clubes no TAD, mais de uma semana depois de ter visado num processo similar o Estrela da Amadora, que tinha batido os insulares no play-off de acesso à I Liga, relegando-os para o segundo escalão.

Com estas ações, o clube do Funchal procura impedir a participação dos ‘tricolores’ e do Boavista nas provas profissionais da próxima temporada, apesar de ambos já terem sido dois dos 18 clubes primodivisionários presentes nos sorteios da I Liga e da Taça da Liga.

Os ‘axadrezados’ estreiam-se em 2023/24 na próxima segunda-feira, com uma receção à União de Leiria, para a primeira fase da Taça da Liga, enquanto o Marítimo se desloca a Vizela, no sábado, e o Estrela da Amadora visita o terreno do Portimonense no domingo.