Os advogados de Bruno de Carvalho emitiram um comunicado onde admitem processar Frederico Varandas, devido à forma como foram revelados pormenores do protocolo com o clube cabo-verdiano Batuque.
"A forma como Frederico Varandas apresentou o assunto, parece-nos, salvo melhor opinião, também causadora de manipulação e consequentemente, uma forma para criar na opinião pública um sentimento errado, que consideramos ser caluniosa e difamatória. Como tal, iremos analisar detalhadamente a Conferência de Imprensa onde este assunto foi abordado e proceder às decisões jurídicas que considerarmos adequadas", pode ler-se no documento, citado pelo jornal Record.
Confira o comunicado na íntegra:
"Face às notícias dos últimos dias referentes ao pretenso envolvimento do nosso constituinte num alegado esquema ilegal, utilizando para tal um protocolo de colaboração com um clube de Cabo Verde, esclarecemos o seguinte:
1. Vamos instaurar um processo contra o CM por manipulação da informação e por calúnias e difamações suportadas em alegadas fontes anónimas.
2. Já há longos meses, o nosso constituinte tinha avisado sobre este assunto, quando leu para a Assembleia Geral do SCP de 23 de Junho de 2017 um e-mail enviado pelo associado José Pedro Rodrigues para o actual vice presidente João Sampaio - e-mail esse que demonstra intimidade e cumplicidade – e no qual já falava sobre pagamentos para Cabo Verde e de Bruno de Carvalho ter supostas contas onde viria a ser depositado esse dinheiro.
Agora, imediatamente depois do nosso constituinte ter submetido pedido de recurso da decisão disciplinar de expulsão para a AG do SCP, surge esta velha notícia, retocada ao som de Batuque. Uma equipa que existe, que se tem destacado na formação e que está em competições.
3. As contas bancárias do nosso constituinte já devem ter sido todas verificadas na sequência de uma denúncia de Paulo Pereira Cristóvão de Janeiro de 2018, no entanto, Bruno de Carvalho está disponível para que as mesmas sejam alvo de nova verificação as vezes que forem necessárias, para que não reste a ninguém a mínima dúvida de que nunca se apropriou de um cêntimo do Clube ou SAD - para além dos vencimentos ou prémios definidos.
4. Também parece nesta altura pertinente esclarecer o funcionamento de protocolos com outras equipas: os pedidos de protocolos chegavam por quatro vias: Guilherme Pinheiro (administrador da SAD a quem foi dado o pelouro da Academia), André Geraldes (team manager da equipa principal e apoio de Guilherme Pinheiro em todos os assuntos da formação onde estavam incluídos os protocolos), Virgílio Lopes e Luís Roque através do departamento de expansão e academias.
5. No caso do, normalíssimo, contrato com o Batuque FC, o mesmo foi apresentado ao nosso constituinte via Guilherme Pinheiro e André Geraldes numa primeira fase e depois, através de Guilherme Pinheiro, Carlos Vieira e Rui Caeiro. O protocolo foi aceite pelo nosso constituinte por isso foi uma decisão tomada por unanimidade.
6. Era intenção da Administração presidida pelo nosso constituinte ter um protocolo destes com equipas de todos os PALOP e depois ir alargando esse universo. Estes protocolos eram forma de reativar a força internacional do SCP e de ter recrutamento/scouting em locais que permitissem ao SCP ser o primeiro a descobrir e a ter acesso aos melhores.
Quando este protocolo em particular foi apresentado ao nosso constituinte, a restante comissão executiva deu como bom exemplo o caso de Jovane Cabral, um jovem talentoso que já estava no SCP, através da indicação de pessoas da estrutura do Batuque FC.
7. Se ao SCP lhe falta algum documento, devia pedir o mesmo ao clube em questão e aproveitar o protocolo replicando-o pela diáspora portuguesa como estava programado.
8. A forma como Frederico Varandas apresentou o assunto, parece-nos, salvo melhor opinião, também causadora de manipulação e consequentemente, uma forma para criar na opinião pública um sentimento errado, que consideramos ser caluniosa e difamatória.
Como tal, iremos analisar detalhadamente a Conferência de Imprensa onde este assunto foi abordado e proceder às decisões jurídicas que considerarmos adequadas.
9. O nosso constituinte aguardará, serenamente, pela conclusão da auditoria forense esperando que lhe seja dado conhecimento das suas conclusões, de forma a poder agir em conformidade, e no que respeita à calúnia e difamação irá atuar junto dos meios ao seu dispor para defesa da honra, dignidade, consideração e bom nome de cidadão.
A Assessoria Jurídica"
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