A Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga anunciou hoje o arquivamento da queixa apresentada pelo Sporting após a decisão do Belenenses de não utilizar os jogadores de Miguel Rosa e Deyverson.

Em comunicado, a Liga de clubes justifica o arquivamento com a circunstância de todos os inquiridos, nomeadamente dirigentes de ambos os clubes, jogadores e treinador principal da equipa profissional da Belenenses, terem sido “unânimes em afirmar que a não utilização dos jogadores Míguel Rosa e Deyverson representou uma medida de proteção dos próprios jogadores, determinada pela intenção de os salvaguardar face às notícias que precederam o jogo em apreço”.

“A múltipla prova produzida nos autos, nomeadamente toda a documentação, inclusive a contratual, não é suscetível de dar por preenchido qualquer ilícito disciplinar”, pode ler-se.

Trata-se da segunda vez que a CII arquiva por falta de provas a queixa do Sporting sobre o caso.

No início de janeiro, após a primeira decisão, o Sporting recorreu para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, que revogou a decisão do CII e obrigou à reabertura do caso.

Em causa na participação do Sporting está a não utilização dos jogadores Miguel Rosa e Deyverson no jogo disputado a 06 de dezembro de 2014 entre o Benfica e o Belenenses, da 12.ª jornada da I Liga de futebol, que os ‘encarnados’ venceram por 3-0.

Ambos foram convocados por Lito Vidigal, que chamou 20 jogadores, um número superior ao que é habitual nas convocatórias, mas acabaram por não ser utilizados, à semelhança do que aconteceu na época passada, quando Miguel Rosa, Deyverson e Rojas, sendo o último emprestado pelo Benfica na altura, não foram utilizados pelo treinador Marco Paulo, quando o Belenenses recebeu os ‘encarnados’ para o campeonato.

“São dois jogadores do Belenenses, sob contrato, e é o Belenenses que lhes paga, exclusivamente, o salário. O Benfica tem uma cláusula de recompra fixada. Há até um contrato assinado que entra em vigor imediatamente se o Benfica acionar a opção”, disse, na altura, o presidente da SAD do Belenenses, Rui Pedro Soares.

O dirigente dos ‘azuis’ lembrou que o assunto foi “falado durante toda a semana” que antecedeu a partida e revelou que a decisão se fundou na opinião que formou há muitos anos no sentido de que “jogadores com este tipo de contratos com outros clubes não deveriam jogar quando os defrontassem”.