O futebolista Cláudio Falcão rescindiu de forma amigável o vínculo contratual com o Desportivo das Aves, após sucessivos salários em atraso, confirmou hoje a assessoria do ex-jogador do clube despromovido à II Liga.

“Todo este processo foi conduzido de forma amigável entre a SAD e o atleta. Deixamos um agradecimento e uma palavra de apreço a todos os dirigentes do Desportivo das Aves, que, apesar das dificuldades atuais, estão a reunir todos os esforços para reerguer uma grande instituição”, indica um comunicado enviado à Lusa pela agência Footinvest.

Cláudio Falcão, de 26 anos, cumpriu 28 jogos e estava vinculado até junho de 2021 à formação do concelho de Santo Tirso, pela qual assinou há quatro anos, oriundo dos brasileiros do Independente de Limeira, participando num ciclo inédito de três épocas seguidas dos nortenhos na I Liga e ajudando a conquistar a Taça de Portugal em 2018.

O médio brasileiro evitou uma desvinculação unilateral com o Desportivo das Aves, ao contrário dos guarda-redes Quentin Beunardeau e Raphael Aflalo, dos defesas Jonathan Buatu e Mato Milos, dos médios Aaron Tshibola, Estrela, Pedro Delgado e Reko Silva e dos avançados Kevin Yamga, Rúben Macedo e Welinton Júnior.

A administração da SAD, liderada pelo chinês Wei Zhao, acumula quatro meses seguidos de salários em atraso e falhou na quarta-feira os requisitos de licenciamento das provas profissionais de 2020/21, tendo a Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional detetado três incumprimentos legais e 13 financeiros.

Além dos nortenhos, que terminaram a I Liga na 18.ª e última posição e foram despromovidos à II Liga, o Vitória de Setúbal, 16.º colocado e primeiro clube acima da ‘linha de água’, também falhou três critérios legais, numa decisão passível de recurso para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol até às 23:59 horas de hoje.