A conclusão da I Liga de futebol e da Taça de Portugal, sem público e dependente da concordância da Direção-Geral da Saúde (DGS), integra um plano de retoma gradual das atividades, disse hoje à Lusa o Governo.
Questionado pela Lusa sobre o plano de desconfinamento, apresentado na quinta-feira, o gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto reiterou que “esta retoma fica também dependente da avaliação quinzenal da evolução da pandemia de COVID-19 em Portugal”.
“Bem como do cumprimento das condições que a DGS, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) estabelecerem como indispensáveis para um regresso destes quadros competitivos em total segurança, o mesmo se verificando no que toca ao formato e locais nos quais será viável garanti-los”, acrescentou a mesma fonte.
O referido plano de desconfinamento abriu a porta ao regresso, a partir de 30 e 31 de maio, da I Liga, liderada pelo FC Porto com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, quando foi suspensa, em 12 de março, após 24 jornadas, assim como a final da Taça de Portugal, entre ‘dragões' e ‘águias'.
O mesmo não se aplica à II Liga, não contemplada pelas medidas, tendo em lugares de subida, à data da suspensão, Nacional, com 50 pontos, e Farense, com 48.
O Governo sublinhou que “os termos que definem os encerramentos de quadros competitivos são da responsabilidade das respetivas federações desportivas”.
“A retoma destes quadros competitivos, nas condições adequadas, é matéria que obriga a que os envolvidos neste processo garantam todas as condições para dar cumprimento a planos sanitários e de controlo muito rigorosos, com o planeamento adequado e em dimensão suficientemente reduzida para que não se coloque em causa um plano de retoma de atividades que se quer gradual mas, principalmente, exequível”, sublinhou a secretaria de Estado.
O Governo decidiu ainda, “no âmbito do fim do estado de emergência e do subsequente decreto do estado de calamidade”, manter as autorizações para treino de atletas profissionais, alargando algumas a todos os cidadãos.
Entre estas medidas de desconfinamento inclui-se a prática de “atividade física e desportiva ao ar livre e em grande parte das instalações desportivas descobertas”, respeitando “as normas de segurança, que incluem a não partilha de materiais, a desinfeção de espaços e ainda um distanciamento entre praticantes”.
“Várias modalidades individuais adquirem, pois, a partir de segunda-feira, condições para uma retoma progressiva e controlada das suas atividades, essencialmente em contexto de treino e ao ar livre”, frisou a mesma fonte.
Sobre as modalidades que apresentaram planos para promover o regresso da modalidade, a secretaria de Estado reconheceu que “apresentaram plano a esmagadora maioria das federações”, admitindo que “muitos dos contributos não passaram por planos de retoma”.
As competições nacionais de andebol, basquetebol, hóquei em patins e voleibol foram canceladas pelas respetivas federações, na quarta-feira, devido à pandemia de COVID-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 240 mil mortos e infetou mais de 3,3 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Portugal contabiliza 1.023 mortos associados à COVID-19 em 25.190 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.
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