O médico do Desportivo das Aves, Filipe Puga, observou hoje que os futebolistas do último classificado da I Liga encaram com tranquilidade a paragem competitiva imposta pela pandemia de Covid-19.

“Reagem serenamente em casa, sem contactos e com os devidos cuidados de higiene. Não jantam fora, evitando ao máximo sair, e cumprem com as nossas recomendações. Desejamos que todo o universo avense siga essas diretrizes”, explicou o líder do departamento médico do clube, em declarações publicadas no sítio oficial na Internet.

À semelhança de outros clubes, a equipa técnica dirigida por Nuno Manta Santos distribuiu “planos de treino individuais” para que os jogadores se mantenham ativos nos próximos tempos, enquanto a recuperação dos lesionados “também não parou”, na esperança de que o campeonato e “os bons resultados” sejam retomados.

“Devem ligar aos amigos em vez de os contactar diretamente, tendo, sobretudo, o máximo de cuidado com os idosos, que são mais vulneráveis e de risco acrescido. De resto, devem desinfetar as mãos constantemente e procurar viver num ambiente de higiene e limpeza para evitar que o vírus possa instalar-se”, recomendou.

Confiante na mitigação gradual do novo coronavírus, Filipe Puga consciencializou os jogadores do Desportivo das Aves para contactarem os serviços de saúde caso manifestem sintomas, além da necessidade de se “medicarem com paracetamol e não saírem desprotegidos”, indicações que estende aos próprios adeptos.

“É essencial evitar aglomerações e reduzir o contacto social ao essencial. Estamos perante uma doença nova, agressiva em alguns casos, mas que irá ser vencida com o esforço de todos. Como clínico, ouvimos muitas vezes que a esperança da população está nos médicos, mas a esperança dos médicos também está na população”, frisou.

O Desportivo das Aves ocupa o 18.º e último lugar da I Liga, com 13 pontos, a nove da ‘linha de água’, numa fase em que a prova está suspensa por tempo indeterminado.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164.000 pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 331 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.