Chegou no dia 21 de janeiro e ainda se está a acostumar à nova casa. Pelo meio já viveu alguns episódios e dissabores com a equipa portista. José Peseiro passou a ser o novo timoneiro do FC Porto depois da saída de Julen Lopetegui. Depois do insucesso de basco, o técnico português foi a escolha da direção portista para tentar dar rumo ao barco azul-e-branco.
A equipa está sedenta de troféus há mais de dois anos. Na ressaca do bicampeonato de Vítor Pereira, Paulo Fonseca assumiu o comando e logo no arranque no início da época de 2013/2014 logrou vencer a Supertaça Cândido Oliveira. Desde aí, o FC Porto não mais “tocou no prato”.
A lista de treinadores sucedeu-se. Saiu Paulo Fonseca, esteve Luís Castro de forma interina, entrou Lopetegui, passou por Rui Barros e a seca de títulos manteve-se. Peseiro chegou sabendo das dificuldades. Encontrou uma equipa sem confiança e a precisar de novo fôlego. A juntar à menor força anímica dos jogadores do FC Porto, o técnico portista teve que lidar com as lesões no sector mais recuado.
Depois dos empréstimos de Lichnovsky para o Sporting Gijon, de Espanha, e de Maicon (depois depois do episódio polémico no encontro frente ao Arouca) ao São Paulo, o FC Porto ficou apenas com três centrais. Martins Indi, Marcano e Chidozie.
Neste período à frente do FC Porto, e com as lesões de Indi e Marcano, o técnico foi forçado a remendar a defesa que mais parece uma autêntica "manta de retalhos".
Peseiro já utilizou as seguidas duplas de centrais: Maicon e Marcano, Marcano e Chidozie, Indi e Marcano, Indi e Chidozie, Layun e Indi, e Layún e Chidozie. Chidozie tem sido o jogador mais regular nessa posição. Essa rotatividade num setor que se quer estável tem resultado em inúmeros golos sofridos.
Também as novas ideias e o estilo mais vertiginoso tem causado alguns rombos na baliza portista, apesar da salutar tentativa do técnico de tentar implementar novos conceitos.
Em 14 jogos, o FC Porto de José Peseiro já marcou 22 golos, contudo, sofreu 17 tentos, número elucidativo da falta de entrosamento das duplas. Na era do treinador português, o FC Porto somou nove triunfos e averbou cinco derrotas: frente ao Borussia Dortmund (perdeu 2-0 fora e 1-0 em casa), foi derrotado frente ao Feirense (2-0), Arouca (derrota caseira por 2-1) e SC Braga (derrota por 3-1).
Não foi o melhor início para o “coruchense”, de 55 anos, que perdeu o rasto à liderança da Liga (está a quatro pontos do Sporting e a seis pontos do Benfica e foi eliminado da Taça da Liga e Liga Europa. Ainda assim, Peseiro já assegurou a presença na final da Taça de Portugal frente ao SC Braga, no dia 22 de maio.
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