Na última época, nos apenas 52 minutos que disputou para a Liga nacional, Nuno Gomes apontou quatro golos o que, como jogador “reserva das reservas” do treinador Jorge Jesus, superou a prestação do brasileiro Alan Kardec, o avançado suplente mais utilizado para o lugar do “artilheiro” paraguaio Óscar Cardozo.
Nascido e criado em Amarante, Porto, Nuno Gomes, de 34 anos, começou a sua carreira futebolística no clube da terra que o viu nascer em 1989/90 nos juniores.
Na época seguinte, é captado igualmente para os juniores do Boavista, ingressando na equipa principal do clube axadrezado em 1994/95, ao atingir a maioridade. Nas três épocas seguintes em que vestiu o emblema do Bessa marcou 31 golos em 79 jogos.
Nuno Gomes, que tem como ídolos o bibota de Ouro Fernando Gomes e o holandês Van Basten, ruma então a Lisboa, ao Benfica, na época 1997/98, onde veste a camisola 21.
A primeira experiência no clube da Luz dura até 2000, depois de completar 101 jogos e marcar 76 golos, segue o sonho italiano, indo representar a Fiorentina por duas épocas.
O valor da contratação foi de 17 milhões de euros, graças à sua prestação no Euro2000, disputado na Bélgica/Holanda, onde Portugal foi semifinalista, mas Nuno Gomes regressa ao Benfica depois de 55 jogos disputados e de apontar 20 golos.
Entre 2002 e 2005 a sua carreira sofre um revés. Uma série de lesões fazem com que jogue somente 70 encontros durante esse período.
Na época 2005/2006 regressa à sua melhor forma e aos golos, apontando 15 para o campeonato nacional e mais dois para a Taça e Supertaça.
No entanto, na época seguinte, deixa de fazer parte dos planos do espanhol Quique Flores e sobe menos vezes ao relvado da Luz, mais ainda depois da contratação do paraguaio Óscar Cardozo, embora tenha marcado 13 golos nas diversas competições em que o Benfica esteve envolvido.
Em 2008, o avançado, muito acarinhado pelos adeptos “encarnados”, atingiu a marca de 150 golos em jogos oficiais pelo Benfica, passando a constar da lista dos 10 melhores marcadores de sempre do clube.
A 14 de novembro de 2010, num encontro com a Naval 1º de Maio, Nuno Gomes marcou o 200.º golo da Liga portuguesa de futebol na época que terminou há cerca de um mês.
Emocionado pelo feito, o avançado olhou para os céus e chorou, lembrando o seu pai, já falecido, a quem dedicou o golo.
Nuno Gomes elegeu, na sua página oficial, como «jogo inesquecível» a meia-final do Euro2000 frente à França, no qual a selecção das “quinas” foi eliminada, e como pior momento da sua carreira a morte do companheiro húngaro Miklos Féher, em 2004 em Guimarães, em pleno jogo, além da falência da Fiorentina.
O avançado, que completa este ano 35 anos, e que quer continuar a jogar mais uma época conforme divulga hoje o Benfica em comunicado, está cada vez mais longe de poder completar o sonho de ser campeão pela selecção nacional, já que não tem sido convocado para representar Portugal.
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