"O chamado 'olho de falcão' é um instrumento há muito falado, e já experimentado, que permitiria retirar de cima dos ombros dos árbitros um ónus e salvaguardar a verdade desportiva", disse Duarte Gomes, para quem muitas vezes "os árbitros e os assistentes não estão bem colocados para ajuizar se a bola ultrapassou ou não o risco de baliza".

O árbitro lisboeta, que falou na sede da Cruz Vermelha Portuguesa, durante a divulgação pública do donativo de 20 000 euros dos árbitros da Liga em favor das vítimas do Haiti, foi também questionado sobre as polémicas declarações recentes de Vítor Pereira, presidente da comissão de arbitragem, segundo as quais "têm sido justas muitas críticas ao trabalho dos árbitros e que houve desempenhos que não cumpriram com a missão de garantir a imparcialidade nos jogos".

Duarte Gomes torneou a questão: "Entendo que esta não é a altura para criar celeuma no interior da arbitragem, a qual é, não raras vezes, exposta a situações de ruído e não serei eu a contribuir para isso".

Segundo Duarte Gomes, os problemas da arbitragem "resolvem-se internamente e em equipa", prometendo que irá falar sobre o assunto "com quem de direito", numa alusão implícita a Vítor Pereira, mas "no momento certo".