O Sporting terminou com a série vitoriosa do FC Porto, ao empatar a zero bolas, na receção aos campeões nacionais. Em jogo da 17.ª e última jornada da Primeira Liga, os 'dragões' voltaram a não vencer em Alvalade, algo que acontece há dez épocas. A equipa de Conceição fica assim sem o bater o recorde de vitórias seguidas (igualou o recorde de Jesus no Benfica, de 18 triunfos seguidos). Aproveita o Benfica que agora só tem cinco pontos de desvantagem para o FC Porto.
Na frita mas solarenga tarde deste sábado, Alvalade 'vestiu-se' de gala para fechar a Primeira Volta da I Liga. Futebol às 15h30 da tarde, estádio cheio com 45 174 espetadores e uma festa... que só chegou ao relvado no segundo tempo.
A primeira parte do 231.º clássico entre Sporting e FC Porto teve pouca história: muitas faltas, quatro amarelos, algumas picardias e uns 'salpicos' de classe, aqui e ali, principalmente por Brahimi, o homem que parecia ter mais disponibilidade para desatar o nó. Era ele que acelerava o jogo, a jogar por dentro, entre as linhas média e defensiva do Sporting.
Para este jogo, Sérgio Conceição foi mais arrojado e, tal como Blessing Lumueno previu para o SAPO Desporto, apostou no 4-4-2 com que jogou nos últimos dois jogos, abdicando do 4-3-3 que costuma utilizar nos clássicos. Já no Sporting, nada de novo, a não ser a titularidade de Bas Dost, que jogou após recuperar de lesão.
Hugo Miguel, o árbitro do encontro, foi quem teve mais trabalho. Mostrou amarelo, e bem, a Herrera aos 12, num livre que Mathieu atirou contra a barreira. Mostrou amarelo a Jefferson aos 14, num lance onde o lateral brasileiro 'esticou a corda' nos protestos após ser admoestado. Novo amarelo a Bruno Fernandes por derrube a Corona e a Felipe por falta sobre Bas Dost. Aos 46 perdoou o segundo amarelo a Bruno Fernandes, num lance onde o médio teve agarrar Herrera para travar um ataque muito prometedor dos azuis-e-brancos.
Em termos de perigo, destaque para um remate de Bas Dost em zona frontal mas às mãos de Casillas, aos 46. Antes, aos 28, tinha sido Gudelj com um grande corte a impedir a bola de chegar à Soares na pequena área leonina.
Aos 40 minutos, Sérgio Conceição foi forçado a mexer no 'xadrez', com a entrada de Óliver para o lugar do lesionado Maxi Pereira, o que obrigou Corona a baixar para lateral e o espanhol a ocupar a meia direita do meio-campo.
O segundo tempo foi bem diferente, com o lances de golo e o perigo a rondar as duas balizas. Aos 56, Renan negou o golo a Soares com uma grande defesa, a centro de Corona. No minuto 66 surgiu a melhor oportunidade: um centro de Alex Telles encontrou Marega sozinho na área, o maliano ajeitou paa o pé esquerdo e rematou, mas por cima.
Depois foi Casillas a brilhar em duas ocasiões: primeiro a travar um remate de Bruno Fernandes que levava selo de golo, aos 62. Depois, aos 66, sair aos pés de Bas Dost depois de um mau atraso de Corona. Aos 69 Militão quase fazia autogolo, num corte arriscado dentro da área, quando tinha Bas Dost nas costas.
Obrigado a vencer para encurtar distâncias para a liderança, o Sporting cresceu no jogo. Gudelj esteve perto do golo aos 77 mas Casillas negou-lhe as intenções com uma grande defesa. No mesmo minuto é Bas Dost a estar perto de marcar mas o seu cabeceamento saiu por cima. Por esta altura já Conceição tinha trocado Soares por Fernando (Ristovski entrou no Sporting aos 47, no lugar do lesionado Bruno Gaspar).
Nos minutos finais, o jogo ficou muito partido, com o FC Porto a ter muito espaço para atacar, mas a não ter o melhor discernimento na hora de definir.
Com o empate, o FC Porto fica sem bater o recorde de vitórias seguidas em Portugal, recorde esse que igualou na jornada passada (18 vitórias seguidas, os mesmos do Benfica de Jesus em 2010/2011). Os azuis-e-brancos vêm o Benfica mais perto, agora a cinco pontos de distância.
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