O treinador do Sporting de Braga, Sérgio Conceição, considerou hoje que está a criar-se uma "pressão desmedida" sobre a equipa e lembrou que o clube "luta por objetivos bem claros" na Primeira Liga.

Os minhotos vêm de uma derrota em Arouca (1-0) e, no final dessa partida, o presidente do clube, António Salvador, criticou a atuação da equipa, considerando que tem que "jogar mais à bola".

"Não tenho de comentar. O presidente diz o que entende dizer, é o presidente, temos de respeitar e aceitar as palavras e trabalhar para ganhar jogos", afirmou, ressalvando: "A minha opinião obviamente que a tenho e já a transmiti ao presidente pessoalmente".

Algo agastado, Sérgio Conceição considerou ainda que "estão a criar uma pressão desmedida sobre a equipa".

"Onde é que ela devia estar? No primeiro lugar? Perdemos cinco pontos, mas outros também perderam. Estamos a três pontos do primeiro lugar e o Braga luta por objetivos bem claros, que é a Europa, estamos a dois pontos desse objetivo. Vamos para a quinta jornada, estamos no início, e todas as semanas vejo recados nos jornais, o que para mim é um desafio espetacular porque é algo que me motiva", frisou.

O treinador assegurou também que a semana "foi boa" para corrigir aspetos menos positivos que a equipa exibiu em Arouca e, sobre o jogo com o Nacional, no sábado, para a quinta jornada, disse esperar uma equipa difícil e que faz valer o fator casa.

"Tem um treinador muito experiente, fizeram um muito bom campeonato no ano passado, tem bons jogadores, o início foi menos bom, mas o Nacional tem qualidade e será um adversário muito difícil", salientou.

Para vencer, os jogadores do Braga têm de "igualar a atitude dos adversários" e, com a sua "qualidade, fazer a diferença em termos de organização coletiva e talento individual".

Sérgio Conceição atribuiu ainda ao coletivo o golo sofrido em Arouca, desculpabilizando Djavan.

"É de quem não entende nada de futebol, a abordagem [do Djavan] não é a melhor, mas antes houve jogadores que podiam fazer mais, foi a equipa que não esteve bem nesse lance. Isso condicionou porque, depois, conseguiu jogar-se 25 minutos de futebol e o resto foi o Pedro Proença a explicar como se deviam marcar as faltas e fazer as barreiras, com a maca a entrar em campo várias vezes, foi mais confusão do que futebol, mas confusão também da minha equipa ao não saber abordar esses momentos", apontou.

Sporting de Braga, sexto classificado com sete pontos, e Nacional, 14.º com três, defrontam-se no sábado, às 20h15, no Estádio da Madeira, jogo que será arbitrado por Jorge Tavares, de Aveiro.