O FC Porto continua a não deslumbrar, mas a verdade é que são poucas as equipas com capacidade para virar um resultado numa altura em que nada lhes parece favorável – nem mesmo a direção do vento. Exatamente um ano depois da derrota por 3-1, os dragões voltaram a estar perto de cair em Vila do Conde, mas Galeno e Marcano, que tornou a vestir a capa de herói, garantiram uma vitória muito sofrida aos dragões, que assim igualam Sporting e V. Guimarães na liderança do campeonato.

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Com Pepe de regresso ao onze portista (saiu Fábio Cardoso), após cumprir dois jogos de castigo pela expulsão na Supertaça, o FC Porto tentava aproveitar a ajuda do vento para criar perigo. No entanto, foi do Rio Ave a primeira grande oportunidade (9’) do jogo, com João Graça a aproveitar uma perda de bola de Nico González e a disparar uma bomba que saiu a rasar o poste.

Aos 12’ Taremi introduziu a bola na baliza, mas estava adiantado sete centímetros (seria o regresso do iraniano aos golos) e pouco depois foi Pepê a atirar por cima em grande posição, após contra-ataque de Galeno pela esquerda.

Os dragões tinham mais bola e chegavam mais vezes à área contrária, mas mostravam muita cerimónia no momento de rematar à baliza.

A boa organização do Rio Ave também arrefeceu a equipa portista – tanto como a noite, muito ventosa – e o jogo transformou-se num grande bocejo, sem mais oportunidades de relevo até ao intervalo.

Cinco minutos volvidos do regresso e tudo mudou. Galeno derrubou na área Boateng, que estava pronto a finalizar uma recarga, após desvio de Guga ao poste, e Fábio Veríssimo assinalou grande penalidade para o Rio Ave. Costinha não desperdiçou da marca dos onze metros e atirou colocado para o 1-0 – Diogo Costa ainda adivinhou o lado.

Agora a jogar contra o vento, o FC Porto tinha uma missão bem mais complicada e Sérgio Conceição lançou em campo Namaso e Wendell, que podia ter feito melhor na cobrança de um livre aos 67'. Os dragões tardavam em reagir, mas ainda obrigaram Magrão a duas defesas, primeiro a cabeceamento de Galeno – a bola ainda desviou em Costinha e quase traiu o guarda-redes – e depois a remate, em esforço, de Namaso.

O vento também não ajudava e foi contrariando as tentativas dos azuis e brancos, até que, quando faltavam dois minutos para os 90', Gonçalo Borges caiu na área após carrinho de Costinha. Penálti para o FC Porto (confirmado pelo VAR), que Galeno transformou no golo do empate.

E já nos descontos, à semelhança do que havia acontecido contra o Farense, Iván Marcano voltou a fazer de ponta de lança e, em cima da linha de golo, desviou o cruzamento de André Franco para o fundo da baliza, completando a reviravolta no marcador para o FC Porto.