Vítor Bruno, adjunto do FC Porto, analisou o triunfo em Vila do Conde por 2-1 frente ao Rio Ave.

"Um jogo com um grau de dificuldade elevado até pelo que aconteceu no ano passado. A equipa técnica do Rio Ave montou bem a equipa, usou um disfarce tático-estratégico com mais um elemento no meio-campo. Procurámos controlar aquele espaço no campo. Tivemos muito volume ofensivo na 1.ª parte. Se o campo tivesse 85 ou 90 metros se calhar estávamos a ganhar 3 ou 4-0 ao intervalo. Faltou ser mais calculista e meter a bola na baliza. O resultado ao intervalo era injusto", começou por dizer.

"A 2.ª parte abre com o único remate enquadrado do Rio Ave à baliza e que dá golo. A equipa foi percebendo as nossas intenções do ponto de vista estratégico. Os jogadores conseguem perceber rápido o que queremos, porque durante a semana antecipamos muitos critérios e procuramos trabalhá-los ao mais infino detalhe. Quem entrou acrescentou muito e isso é um segredo da nossa equipa. Saber lidar com a adversidade em jogos anteriores, permite-nos em determinados momentos ser quase um mecanismo para gerar sucesso quando estamos a perder. Aconteceu em Moreira [de Cónegos] e com o Farense. Ganhámos bem, com algum sofrimento, mas a vitória assenta perfeitamente pelo que fizemos. Não quero dizer que seria mais avolumada, mas é claramente merecida e ninguém o pode negar", acrescentou.

Gonçalo Borges, que saiu do banco, analisou o lance do penalti, depois de ser tocado por Costinha.

"Uma vitória complicada, sabemos que é um campo difícil. Estivemos por cima na primeira parte, podíamos ter feito o nosso golinho, mas não aconteceu. Quanto a mim, é verdade, no outro jogo entrei bem, neste também. Entro sempre com a mesma vontade. Tento ser eu mesmo para ajudar os meus colegas como puder. Com golos, assistências, jogadas. Conseguimos a vitória"

Entrada em campo

"Sinto-me mais confiante, é o segundo ano aqui na equipa A. Sinto-me cada vez a abraçar melhor o que sou e é para isso que trabaloh todos os dias e é para isso que ajudo os colegas como eles me ajudam a mim"

Ser titular

"Não sou eu o treinador. Quando o mister dá uma oportunidade, dou o meu melhor, tento fazer o que me manda. Se jogo de início, entro ou vou para a bancada, continuo com a cabeça em baixo e a trabalhar"

Grande penalidade

"Faz parte do jogo. Disse-me que não me tocou e obviamente que tocou. Já sabemos como funciona dentro de área, quando toca dá sempre para criar alguma coisa. Neste caso, tocou mesmo para cair. Ganhámos o penálti que foi importante na reviravolta"