A fase final da I Liga de futebol disputada em menos estádios e transmitida em sinal aberto na televisão, como formas de luta anti-COVID-19, são vistas “com bons olhos” pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.
“Especialistas de saúde da Federação Portuguesa de Futebol e da Direção Geral da Saúde com certeza encontrarão as melhores formas para a redução ao máximo do risco, sabendo que zero não é possível. Se passa por menos estádios, mais concentração numa região ou outra, isso é matéria que a FPF, a Liga e a DGS estão a trabalhar”, disse, isentando-se de opinar.
Em entrevista à Antena 1, o governante não deu garantias claras de nada, apenas pistas quanto às intenções do governo que, avisou, “não terá problemas em voltar atrás” quanto ao regresso do futebol caso a situação da pandemia em Portugal se “agrave”.
“Tem de haver o menor risco possível, dentro de condições técnicas, organizativas que tenham como objetivo máximo a saúde publica e dos próprios atletas e técnicos”, sublinhou.
A luta contra a COVID-19 passa igualmente por evitar aglomerados de pessoas nos cafés e restaurantes a assistir aos jogos de futebol em canal fechado, pelo que o governo está a pensar discutir com os operadores, FPF e Liga a possibilidade de que os mesmos sejam transmitidos em canal aberto.
“Temos pensado nisso, mas é um tema que ainda não foi discutido com os operadores, FPF ou Liga. Sabemos perfeitamente que os cafés, associações e outros locais públicos são também locais de romaria, para lá dos estádios, onde vão aos milhares, com grupos de dezenas de pessoas a concentrar-se, o que hoje não é desejável”, justificou.
A ideia é “criar condições” para evitar a “grande tentação” das pessoas assistam ao futebol em ajuntamentos e, dessa forma, o governo “não ter atitudes contraditórias, no sentido de pedir atitudes responsáveis e depois não criar condições mínimas para isso”.
Em causa igualmente o facto da II Liga não ir ser concluída, como o principal escalão, numa decisão na qual “o Estado não interveio, pois foi tomada pela Liga, FPF e DGS”.
“Resulta mais uma vez consensualmente da reflexão feita por essas entidades que concluíram que tais condições técnicas, organizativas, de saúde, despistagem, proteção e isolamento dos próprios jogadores seria muito difícil para os clubes da II Liga pudessem acompanhar em termos de investimento necessário a fazer”, explicou.
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