A manutenção de Jorge Jesus, o técnico com maior longevidade (20 épocas) e que mais clubes (10) orientou no escalão principal, Rúben Amorim e Sérgio Conceição nos respetivos cargos faz com que Benfica, Sporting e FC Porto iniciem, ao mesmo tempo, uma segunda edição da I Liga com os mesmos treinadores, repetindo o que sucedeu há 14 anos.

Depois de terem arrancado 2006/07 ao comando dos três ‘grandes’, Jesualdo Ferreira (FC Porto) - que rendeu o interino Rui Barros logo após a Supertaça, estreando-se na ronda inaugural desse campeonato -, Paulo Bento (Sporting) e Fernando Santos (Benfica) voltaram a sentar-se nos ‘bancos’ das mesmas equipas na primeira jornada de 2007/08.

O então técnico benfiquista acabaria por ser rendido pelo espanhol José Antonio Camacho logo após esse primeiro jogo, que culminou num empate 1-1 com o Leixões, no Estádio do Bessa.

Tal como Sporting, FC Porto e Benfica, outros 11 emblemas seguraram os ‘timoneiros’ que terminaram a última edição do campeonato, sendo que apenas quatro decidiram renovar a liderança técnica, ao contrário do que sucedeu no início da temporada passada, quando metade (nove) dos emblemas da I Liga iniciou a prova com novos treinadores.

Jorge Simão deixou o campeonato belga e regressou a Paços de Ferreira - onde já tinha treinado em 2015/16 – para substituir Pepa, que rumou ao Vitória de Guimarães, emblema que em 2020/21 teve quatro técnicos, o último dos quais Moreno, de forma interina.

Com a saída de Vasco Seabra, o Moreirense recorreu precisamente a um dos treinadores que passou pelos vitorianos na época transata, João Henriques, enquanto o Boavista viu o experiente Jesualdo Ferreira dar lugar a João Pedro Sousa.

Mesmo os promovidos Estoril-Praia, Vizela e Arouca não escapam à ‘regra’ e seguem com os mesmos treinadores, à semelhança de Sporting de Braga (Carlos Carvalhal), Santa Clara (Daniel Ramos), Famalicão (Ivo Vieira), Belenenses SAD (Petit), Gil Vicente (Ricardo Soares), Tondela (Pako Ayestarán), Portimonense (Paulo Sérgio) e Marítimo (Julio Velázquez).

O estorilista Bruno Pinheiro, de 44 anos, e o vizelense Álvaro Pacheco, de 50, são os únicos estreantes no escalão maior do futebol nacional, no qual só os espanhóis Ayestarán e Velázquez ‘destoam’ da maioria lusa que ocupa os ‘bancos’.

A edição 2021/22 da I Liga tem início em 06 de agosto, com a receção do campeão Sporting ao recém-promovido Vizela.