O Estoril-Praia e o FC Porto empataram este domingo a dois golos, em encontro da quinta jornada da I Liga, com os dragões a perderem os primeiros pontos esta época.
Evandro e Luís Leal marcaram para os da casa, Licá e Jackson para os visitantes, numa partida em que o árbitro não esteve ao mais alto nível, com lances que geraram polémica.
A primeira parte foi como este início de outono, quente. O Estoril, como já vem sendo hábito, entrou no encontro ‘olhos nos olhos’ com o FC Porto, que tem outros argumentos, mas que foi sendo anulado pela equipa canarinha.
A primeira boa ocasião de golo partiu dos dragões, logo aos quatro minutos, com Licá, que o ano passado jogava na Amoreira, a amortecer bem a bola para Lucho, que de fora da área rematou forte para uma boa defesa de Vagner, que durante o encontro teve de aplicar outras vezes.
Aos 11’, Otamendi derrubou Luís Leal, que seguia isolado para a baliza, mas o árbitro nada assinalou, no primeiro lance do jogo que gerou dúvidas. Aos 19’, o FC Porto criou a segunda boa ocasião para se colocar em vantagem, com Lucho a servir de forma soberba Jackson Martínez, mas o colombiano dominou mal a bola.
Apesar de o Estoril conseguir travar as investidas do FC Porto, o golo acabaria por surgir aos 26’, dos pés de ex-jogador da casa: Licá. O avançado aproveitou da melhor forma uma infantilidade de Babanco para inaugurar o marcador.~
Ao contrário do que se poderia pensar, foi a partir do golo que os da casa tiveram o melhor período, não desistindo de procurar o golo do empate, tal como sucedera no encontro de quinta-feira com o Sevilha. Primeiro, aos 31’, Evandro deu o sinal, ao cabecear ao poste um livre cobrado na esquerda por Bruno Miguel. Minutos depois, Otamendi foi com a mão à bola, fora da área, mas Rui Silva assinalou grande penalidade. Evandro cobrou na perfeição e aumentou para cinco o número de golos neste campeonato, menos um do que Montero.
A decisão do árbitro gerou controvérsia, com alguma confusão entre os jogadores do FC Porto e do Estoril, rapidamente resolvido.
Antes do intervalo, Fernando obrigou, mais uma vez, Vagner a esticar-se, evitando o segundo dos campeões nacionais.
Na segunda parte, entrou melhor o Estoril, deixando o FC Porto nervoso e com pouco discernimento, algo que não é frequente ver-se na equipa nortenha. A equipa de Marco Silva teve melhores ocasiões de golo, com a melhor a pertencer a Luís Leal (60’), com um remate forte a passar ligeiramente ao lado. Na verdade, o camisola nove do Estoril fez a ‘cabeça em água’ a Mangala.
Só que uma equipa com Lucho acaba por lhe bastar uma boa ocasião. El Comandante fez a diferença, com um passe perfeito para Jackson fazer o 2-1 aos 66’ e aumentar a sua conta para cinco golos.
Depois do golo, a equipa de Marco Silva perdeu fulgor, com o FC Porto a conseguir encontrar-se e a tomar definitivamente conta do jogo, pensando-se impossível o empate. Mas, como já tem provado, o Estoril não desiste. A 10 minutos do final, Balboa deixou Mangala preso ao chão, cruzou, Sebá cabeceou para Luís Leal empurrar a bola para dentro da baliza de Helton e a deixar o jogo, novamente, na incógnita do seu final. Luís Leal teve duas boas ocasiões, a última aos 86’, quando apertado por dois defesas e libertando-se, atirou para fora.
O FC Porto mantém-se na liderança, com mais um ponto do que o SC Braga, enquanto o Estoril-Praia fica com oito.
Comentários