O treinador Jorge Simão definiu esta quinta-feira o seu ingresso no Paços de Ferreira como "união perfeita" e disse pretender "dar continuidade ao que de bom foi feito", confirmando o Paços como "clube estável na I Liga" de futebol.
"Encaro este desafio como uma união perfeita. O Paços, segundo o passado recente, já fez escola no futebol português com treinadores não consagrados e que aqui puderam crescer e, da minha parte, por chegar a um clube estruturado e que me poderá dar essas condições", disse Jorge Simão, em conferência de imprensa.
Numa sala bem menos composta do que em ocasiões anteriores, o sucessor de Paulo Fonseca no comando técnico pacense disse ainda estar "muito contente" e insistiu na ideia de que esta união "tem tudo para dar certo", considerando mesmo ser "o treinador certo no clube certo".
"O futebol é fértil nestas coisas [levou o Belenenses à Liga Europa na última jornada de 2014/15, em detrimento do Paços de Ferreira] e, eventualmente, se o Belenenses não tem chegado à frente do Paços, se calhar, não estaria aqui hoje", sublinhou.
O técnico, de 38 anos, reconheceu que "há ainda muitas indefinições" relativamente ao plantel e que "tem havido alguns ajustamentos" nas opções, relativamente ao trabalho que vinha sendo preparado pelo seu antecessor, Paulo Fonseca.
"Acho que [esta mudança] altera. Cada treinador tem de ter a plasticidade para se adaptar aos vários fatores que envolvem o clube", afirmou, evitando comentar a herança deixada por Paulo Fonseca, que levou o Paços à Liga dos Campeões e, dois anos volvidos, na última época, deixou o clube às portas da Liga Europa.
Simão disse propor-se obter resultados e atrair pessoas ao estádio, sem perder de vista a "potenciação, crescimento e valorização de jogadores", para "fazer receitas extraordinárias".
"Os meus objetivos pessoais tocam naturalmente os do clube e passam por uma linha de crescimento sustentado, assegurar a permanência e confirmar o Paços como um clube estável na I Liga. E, depois, logo vemos se podemos redirecionar objetivos", afirmou.
Apesar de todo o entusiasmo, o novo técnico assinou um contrato válido por uma época. O presidente da sociedade desportiva pacense, Rui Seabra, justificou o vínculo como uma opção do próprio Jorge Simão, por "achar que seria o termo certo do contrato".
"Nada é definito e [a situação] poderá ser corrigida", argumentou Rui Seabra, justificando a opção por Jorge Simão como "um técnico em ascensão e que já provou a sua competência".
Luís Vilela, André São Miguel e Sérgio Marquês, além dos ?repetentes' Filipe Anunciação e Tony, integram a equipa técnica de Jorge Simão e também marcaram presença na cerimónia.
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