Esta quinta-feira, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) promoveu uma conferência de imprensa, para fazer uma atualização ao momento da COVID-19 no futebol profissional. Sónia Carneiro, diretora executiva da Liga, fez um balanço dos últimos meses.

"Adotámos um processo de testagem diferente de todas as outras modalidades e competições que nos pareceu que serviria os interesses do futebol, de modo a não corrermos o risco de contágio nas equipas de forma a termos de cancelar as competições. Porque isso implica no mínimo um impacto de 350 milhões de euros", começou por salientar.

Sónia Carneiro lembrou ainda que "todas as equipas da Liga NOS e da Liga Pro testaram os plantéis antes das competições e o que está estipulado é que na Liga NOS todos os que estiveram na ronda anterior sejam testados 48 antes da jornada e na liga Pro a cada duas jornadas. Cada equipa em que apareça um positivo testará todo o plantel. Este plano determinou que até este momento, à segunda jornada na Liga NOS e à 4ª na Liga Pro, que tenhamos 10.035 testes efetuados. Nas últimas 10 jornadas da Liga NOS da época passada fizemos mais de 18 mil testes".

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"Uma das questões que temos levantado, mas temos de respeitar as instruções da DGS, é dos jogadores que ficam em isolamento profilático. Já tivemos 19 jogadores positivos e 57 em isolamento profilático. Mas quem manda na saúde pública é a DGS e todos os contactos próximos têm de ficar em isolamento", lamentou.

Por fim, Sónia Carneiro alertou que "é fundamental que haja da parte dos jogadores e das equipas o cumprimento do código de conduta e que um caso positivo não determine o isolamento coletivo das equipas. Que não seja considerado não haver condições para que uma equipa vá a jogo."

De notar que, esta sexta-feira, a Liga de Clubes volta a reunir com a Direção-Geral de Saúde para debater o possível regresso do público aos estádios de forma faseada.