O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, afirmou hoje que foi a partir da decisão de construir um novo estádio “que começou a desenhar-se o novo Benfica”.

“O estádio foi um motivo para elevar a nossa auto-estima. Foi um momento de agregação de todos nós à volta de um projecto comum que se começou a consolidar nesse momento”, acrescentou Vieira, que falava num almoço comemorativo do sétimo aniversário do estádio do Benfica.

O almoço serviu também para assinalar os 50 anos da primeira vitória do Benfica numa taça dos campeões europeus de futebol, conquistada na época 1960/61.

Vieira recordou que o Benfica foi o último clube a decidir avançar para a construção do novo estádio num “cenário muito pesado em função da herança recebida, do desânimo que se vivia, mas principalmente pela falta de credibilidade junto das entidades financeiras”.

“Conhecedores de todos os riscos, tivemos a coragem de avançar”, afirmou o presidente do clube.

Disse que foi necessário convencer algumas pessoas de que não construir o novo estádio “seria perder o caminho da modernidade” e convencer as entidades financeiras de que o Benfica “seria capaz de cumprir os compromissos assumidos”.

“Orgulho-me de ter estado no grupo de pessoas que sempre acreditou que a construção deste estádio não só era possível como fundamental para recuperar a grandeza do clube”, sublinhou.

Referindo-se aos sete antigos jogadores presentes que foram campeões europeus de futebol há cinco décadas, entre os quais Eusébio, Luís Filipe Vieira garantiu que o Benfica sabe honrar a sua história e a memória dos que vestiram a sua camisola, evocando também os jogadores que já morreram.

“Com dois títulos de campeões europeus e sete presenças em finais, o Benfica é por - direito – um dos clubes históricos do futebol europeu. E tudo começou precisamente em 1961, com a memorável campanha que nos conduziu à final de Berna e à vitória por 3-2 frente ao Barcelona”, afirmou.