O Ministério Público (MP) juntou os inquéritos dos ‘vouchers’ e dos ‘emails’ do Benfica num só processo, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Questionada pela Lusa, fonte oficial confirmou que os inquéritos foram apensados, reiterando que as investigações se encontram em segredo de justiça.
Na sua edição de hoje, a revista Sábado deu conta da concentração dos casos num só processo, pela existência de “matéria e personagens coincidentes a ambas as investigações”.
Em outubro de 2017, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) confirmou a investigação a um suspeito pelos crimes de corrupção passiva e ativa, por parte da nona secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, no referido caso dos emails do Benfica.
Esta investigação levou, em 19 de outubro último, a buscas nas instalações do Benfica, na sequência de denuncias do diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, que acusou os ‘encarnados’ de influenciarem o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis ‘encarnados’, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.
Entre outras situações, o responsável dos ‘dragões’ revelou também a alegada partilha de mensagens de telemóvel do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, na altura em que presidiu à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), entre o diretor de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da LPFP Carlos Deus Pereira.
Já o caso dos ‘vouchers’ decorre de declarações do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, em 05 de outubro de 2015, num programa televisivo da TVI, sobre ofertas do Benfica a equipas de arbitragem em todos os jogos que poderiam atingir um valor global por época a rondar os 250 mil euros.
Posteriormente, em 27 de janeiro de 2017, no âmbito da justiça desportiva, a Comissão de Instrutores (CI) da LPFP decidiu arquivar este processo.
Mais uma vez de acordo com a revista Sábado, a Unidade Nacional contra a Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC) já entregou o relatório final da investigação ao caso dos ‘vouchers’ ao MP.
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