Segundo comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o orçamento para a época 2010/11 da FC Porto, futebol SAD prevê 94,78 milhões de euros de receitas, o valor mais elevado da história do futebol português, com a particularidade de incluir 10,54 milhões de euros provenientes da UEFA, o que só será possível através do apuramento para a Liga dos Campeões.

Isto significa que os dragões prevêem no orçamento a conquista do título, pois só através do primeiro lugar no campeonato poderão inscrever nas receitas do exercício em curso 7,2 milhões de prémio de apuramento para a Liga dos Campeões – esta época disputam a Liga Europa, com prémios de participação e desempenho muito inferiores ao da Champions.

Ainda no capítulo das receitas, os dragões prevêem um encaixe de 47,37 milhões de euros através de transferências de jogadores, tendo já realizado 35 milhões através das vendas dos passes de Bruno Alves (Zenit) e Raul Meireles (Liverpool) em Agosto, o primeiro mês do exercício.

Ficam assim a faltar 12,37 milhões de euros em transferências para cumprir o orçamentado nesta rubrica, de longe a mais significativa no modelo de negócio do FC Porto e que tem permitido terminar os anos com contas positivas.

No capítulo dos custos, os dragões apontam para 40,26 milhões de gastos com o pessoal, mantendo o nível salarial da última temporada.

Esta é a rubrica que mais recursos consome, num total previsto de 88,03 milhões de euros de custos e onde constam 26,25 milhões para amortizações de plantel, que incluem novas contratações.

Ainda segundo o documento enviado à CMVM, a FC Porto, futebol SAD prevê um lucro líquido de 2,1 milhões de euros, o que, se for cumprido, representará o quinto ano consecutivo de lucro, o que nunca aconteceu no futebol português desde a constituição das sociedades anónimas desportivas.