O Vitória de Guimarães, clube da I Liga portuguesa de futebol, baixou o passivo para 10,83 milhões de euros na época 2015/16, apesar do resultado líquido negativo de 254 mil euros.
O valor inscrito no Relatório e Contas referente à época passada, publicado na sexta-feira, resultou de uma quebra de quase 14% face ao passivo da época 2014/15 (12,58 milhões) e deu continuidade à trajetória descendente desde 2012, ano em que Júlio Mendes iniciou o primeiro mandato como presidente vitoriano.
O clube registou uma queda dos 6,62 para os 5,88 milhões de euros (11,2%) nos financiamentos obtidos, rubrica responsável por mais de metade do passivo, ao passo que as dívidas a fornecedores caíram dos 1,23 milhões para os 823 mil euros (33%) e ao Estado e outros entes públicos desceram dos 3,52 para os 3,16 milhões (10,2%).
O passivo corrente, que respeita às dívidas que têm de ser pagas num prazo de até um ano, também caiu, de 2,94 para 2,3 milhões num balanço em que o ativo vitoriano desceu dos 38,94 para os 35,62 milhões de euros e o capital próprio do clube baixou dos 26,83 para os 25,23 milhões de euros.
O resultado líquido do clube, que agrega modalidades do clube além do futebol e a gestão das piscinas, fixou-se num valor negativo de 254 mil euros, que, ainda assim, significou uma descida de quase 50% relativamente a 2014/15 (490 mil euros).
O dinheiro arrecadado em vendas desceu, tal como aquele dirigido para gastos em fornecimentos e serviços externos e com o pessoal, o que culminou num saldo entre rendimentos e custos de 972 mil euros (em 2014/15, foi de 835 mil euros), a que se subtraíram as depreciações, amortizações, juros e impostos.
O Conselho Fiscal do clube emitiu um parecer favorável por unanimidade ao Relatório e Contas, realçando que o "plano de pagamentos" da "dívida bancária" e da "dívida tributária" está a ser igualmente cumprido e que a melhoria do resultado líquido permitiu a libertação de mais "fundos próprios" para o pagamento de algumas responsabilidades.
O órgão alertou, porém, para a quebra de 1,72 milhões de euros (10,4%) nas receitas de quotizações, o que deve suscitar "reflexão" sobre o "sistema de quotizações", e ainda os 140 mil euros negativos das modalidades e das piscinas, o que obrigar o clube a definir qual o "patamar máximo de investimento" que está disposto a assumir.
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