Pedro Roma vai manter-se como director geral de formação dos “estudantes”, cargo que desempenhou nas duas últimas temporadas, apesar de estar inscrito como atleta e ter acumulado funções com o cargo de treinador de guarda-redes.

“Esta foi a decisão mais difícil da minha carreira no futebol. Depois de pensar muito e analisar as circunstâncias, decidi comunicar a todos os amigos, sócios, simpatizantes da “Briosa,” adeptos de futebol no geral, que termino a minha carreira desportiva”, refere Pedro Roma.

O veterano guarda-redes, símbolo da Académica pela sua ligação durante 20 anos ao serviço do clube, sublinha que sempre foi o seu sonho “vestir a camisola da Briosa”, uma camisola “mítica” que envergou em perto de 400 jogos.

“Foram vinte anos, muitos jogos – quase 400 – mais de uma centena deles em que tive a suprema honra de ser capitão de equipa. Como o foram antes Alberto Gomes, Mário Wilson, Bentes, Gervásio, Tomás e Miguel Rocha e tantas outras figuras do imaginário “Briosa” ao longo de décadas. Nunca me imaginei ao pé de homens tão ilustres. Não dá para equacionar a honra que se sente e simultaneamente a responsabilidade que nos pesa sobre os ombros”, recorda.

Faz ainda questão de agradecer e retribuir a todos os que o acompanharam e lamenta este final abrupto, adiantando: “Por uma razão ou por outra não me foi dada a possibilidade de me despedir dos meus amigos e companheiros como eu pretendia que fosse. Fica essa mágoa que o tempo ajudará a mitigar, mas que por certo não fará esquecer”.

Quase a completar 40 anos (13/08/2010), Pedro Roma iniciou a sua carreira na Naval 1º de Maio (1989/90), ingressou no Benfica em 1992/93, com quem assinou por três épocas, mas esteve emprestado ao Gil Vicente em 1993/94 e à Académica, o mesmo acontecendo em 2001/2002 apenas durante meia temporada, ficando desde então ligado à Académica de Coimbra.