Pepa garante que não se deixa influenciar por ninguém. Numa longa entrevista à edição deste sábado do semanário Expresso, o treinador do Tondela diz que não se deixa influenciar por pressões externas.

"Influenciarem-me, a mim? Não dou azo sequer a tentarem uma coisas dessas, dou-lhes logo uma marretada nos cornos. Ligar para mim para pôr um jogador? Ui, não! Havia de ser bonito. Até gostava que acontecesse isso. Dava-lhe um filho da mãe de um soco... Isso não há hipótese comigo. Nem para contratar jogadores e mais não sei o quê... Zero. Quando agentes me ligam, digo para falarem com o diretor ou com o presidente. Sou assim. Se calhar, há treinadores que falam, que vão almoçar com jornalistas.... Estou-me a borrifar para isso. Querem rasgar-me? Rasguem-me à vontade", garantiu Pepa.

Na cabeça de muitos em Tondela ainda está o jogo com o Sporting e o golo sofrido aos 98 minutos e que valeu a derrota da equipa. Um golo que deixou a equipa "de rastos".

"Depois cabe-me a mim ser o primeiro a levantar as tropas todas ... [No dia seguinte] levei os jogadores até ao centro do relvado e tive uma conversa de alma e coração com eles. [...] Daqui a uns meses, gostava que se recordassem deste jogo com orgulho e não com pensamentos de 'porque é que deu mais dois minutos quando faltavam 20 segundos?' ou 'porque é que não marcou aquela falta sobre o Bruno?' Esqueçam isso tudo, porque não podemos fazer nada", apontou.

Ainda na mesma entrevista, o técnico respondeu a quem acusa o Tondela de 'levantar o pé' frente ao Benfica. Pepa deu o exemplo do Rio Ave no Dragão e da segunda parte do Estoril-FC Porto.

"Quem é que já não teve dias maus? Mais grave é quando essa conversa vem de colegas. Porque dos adeptos já faz parte. [...] O Benfica teve uma noite terrível, parecia um vendaval. Como o FC Porto com o Estoril, aquilo em 15 minutos parecia o quê? Brummm! O Estoril nem conseguia respirar. Vamos agora dizer que o Estoril facilitou. O Rio Ave foi ao Dragão e... Então, toda a gente facilita contra os grandes", completou.