O Boavista "tem vindo a crescer" face à versatilidade tática experimentada durante esta temporada, enalteceu hoje o treinador Petit, na véspera da receção ao Desportivo de Chaves, no encerramento da 17.ª jornada da I Liga.

“Os jogadores estão identificados com estes sistemas [‘4-3-3’ e ‘4-4-2’], estão a dar uma boa resposta e têm criado muitas situações de golo, dando também poucas chances aos adversários. Temos sido uma equipa intensa, que conhece aquilo que tem de fazer nos processos defensivo e ofensivo. Estamos agradados com o nosso crescimento, mas, se tivermos de voltar ao sistema com três centrais, poderemos fazê-lo, até porque temos jogadores com essa capacidade”, avaliou o técnico, em conferência de imprensa.

Os ‘axadrezados’ organizaram-se no ‘3-4-3’ da época passada no início de 2022/23, mas, uma sequência de sete partidas sem vencer em todas as provas antes da paragem da I Liga para o Mundial2022, ocasionou a aposta em linhas defensivas com quatro unidades.

“Temos esses processos bem consolidados, que, consoante quem joga, dão dinâmicas e variáveis diferentes. Podemos ainda mudar de sistema com os mesmos jogadores, que acreditam muito mais, estão mais pressionantes e mais perto uns dos outros. Não é fácil trabalhar dois ou três sistemas ao mesmo tempo, mas os atletas são inteligentes”, notou.

Praticamente uma semana depois de ter regressado às derrotas no terreno do vice-líder Sporting de Braga (0-1), o Boavista tenta somar a segunda vitória seguida em casa para reentrar na metade superior da classificação antes do fim da primeira volta, que encerra apenas na visita ao Estoril Praia, em 09 de fevereiro, num jogo em atraso da 14.ª ronda.

“O Desportivo de Chaves é extremamente difícil e forte a jogar fora de casa, uma vez que já bateu Sporting, Sporting de Braga, Marítimo e Casa Pia. Vamos estar preparados para dar uma boa resposta e aquilo que poderemos controlar é o nosso processo. Queremos muito conquistar os três pontos para dar mais um salto na tabela classificativa”, desejou.

Petit lembrou a oportunidade de as ‘panteras’ poderem estabelecer o melhor registo na primeira volta desde a sua reintegração administrativa no escalão principal, em 2014/15, suplantando o recorde de 21 pontos ao fim de 17 jornadas fixado em 2016/17 e 2017/18.

“É esta a evolução que queremos. Claro que estamos mais à vontade em casa, temos o apoio dos adeptos, conhecemos bem as instalações e é muito mais fácil estarmos mais integrados. Só perdemos cá com FC Porto e Benfica, e queremos muito fazer do Estádio do Bessa uma fortaleza, na qual os adversários tenham respeito”, frisou o treinador, que deve continuar com Filipe Ferreira e o venezuelano Adalberto Peñaranda indisponíveis.

O norte-americano Reggie Cannon cumpriu castigo em Braga e pode voltar às opções do clube portuense, cuja atividade na reabertura do mercado se resume ao empréstimo do espanhol Diego Llorente ao Leça, do Campeonato de Portugal, quarto escalão nacional.

“Interesse dos italianos do Génova em Ricardo Mangas inquieta? Preocupava-me se [os outros clubes] não estivessem interessados neles. Isso é fruto do trabalho dos nossos atletas e da maneira como os temos valorizado. Há interesse no Ricardo Mangas, assim como há em relação a outros. Os treinadores gostam sempre de ter os jogadores do seu lado, mas, se for [um negócio] bom para todos, não vejo por que não”, reconheceu Petit.

O Boavista, 11.º colocado, com 20 pontos, mas menos um jogo, recebe o Desportivo de Chaves, nono, com 21, na segunda-feira, às 20:15, no Estádio do Bessa, no Porto, em jogo da 17.ª ronda da I Liga, com arbitragem de João Pinheiro, da associação de Braga.