Perante uma casa bem composta e com vontade de ver golos, o FC Porto não conseguiu ir além de um empate a zero no jogo de apresentação contra os franceses do Saint-Étienne, um ano depois do nulo contra o Lyon.

Ainda sem Jackson Martínez no ataque, os comandados de Julen Lopetegui fizeram uma exibição pouco certeira e nem a entrada de reforços de peso ao intervalo conseguiu alterar o resultado inicial.

Quaresma, que no primeiro tempo envergou a braçadeira de capitão, foi o primeiro a rematar. O número 7 fez a diagonal para o centro e atirou de trivela, mas falhou o alvo. O St. Étienne ameaçou depois por Romain Hamouma, mas Fabiano negou o golo ao francês.

Aos 21 minutos quase aparecia Herrera a inaugurar o marcador. O mexicano “galgou” vários metros até à grande área francesa e atirou para grande defesa de Moulin. Na sobra, Quaresma rematou por cima da baliza adversária.

Rúben Neves apareceu aos 35 minutos. O “miúdo” de 17 anos, que voltou a deixar boas indicações a Lopetegui, ficou perto de inaugurar o marcador no Dragão, mas o remate passou ao lado. Do outro lado, era o francês Hamouma quem causava os maiores problemas à defesa portista. O avançado fez uma grande jogada aos 36’, com um “túnel” a Maicon a culminar num remate perigoso, para nova defesa atenta de Fabiano.

O intervalo chegou sem golos, com um FC Porto a controlar o ritmo do jogo, mas pouco acutilante no ataque. A falta de um “9” genuíno na frente de ataque deixava os “dragões” com menor poder de fogo na conversão das oportunidades que os franceses iam permitindo. O nulo obrigou Lopetegui a algumas alterações, com o espanhol a apostar em Tello e Quintero, este descaído na direita, para os lados de um ataque que passou a ter Adrián López como atirador central. Brahimi e Casemiro formaram, primeiro com Óliver e depois com Carlos Eduardo, um meio-campo mais criativo.

Quintero ficou perto do golo aos 52 minutos, com um remate às malhas laterais, e pouco depois foi Adrián López a rematar à figura de Moulin. Hamouma, mais uma vez (e atenção a este nome), voltou depois a atacar a baliza de Fabiano, desta vez com um remate forte a passar por cima da trave do brasileiro após desvio de Reyes. Oito minutos depois, Monnet obrigou o guardião portista a mais uma defesa apertada.

O nulo manteve-se até ao final, com o Saint-Étienne a criar mais perigo nos minutos finais, para desagrado dos adeptos da casa. Com o “play-off” da Liga dos Campeões à espreita, Julen Lopetegui terá necessariamente de melhorar o entrosamento dos jogadores para assegurar a presença numa competição muito importante para as contas portistas.