O presidente do Belenenses lamentou as divergências entre Lito Vidigal e a administração da SAD dos ‘azuis', que culminaram hoje com a saída do treinador, esperando que o ‘divórcio' entre as partes não penalize a equipa de futebol.
Ainda antes de ser anunciado o nome de Jorge Simão como substituto de Lito Vidigal, Patrick Morais de Carvalho falou aos jornalistas, no Estádio do Restelo, frisando que o recente desentendimento entre o treinador angolano e o presidente da SAD, Rui Pedro Soares, "deixa muito a desejar em termos de respeito pela instituição".
"O que se está a passar é lamentável. Ninguém está acima do Belenenses, sejam treinadores, administradores ou dirigentes. Enquanto for presidente do Belenenses, exigirei sempre respeito para com o nosso clube, o nosso futebol e nossa massa associativa", afirmou Patrick Morais de Carvalho.
De resto, o presidente do clube do Restelo deixou elogios a Lito Vidigal, esperando que a saída do treinador não "penalize" a equipa a curto prazo.
"É uma pessoa que tem sido muito respeitada por nós e à qual estamos muito gratos pelo percurso que tem no Belenenses. Espero que o desfecho de tudo isto acabe por não penalizar o Belenenses e não sejamos nós próprios a dar tiros nos pés, numa altura em que as coisas estavam bem encaminhadas para podermos atingir o objetivo Europa", referiu.
Lito Vidigal, de 45 anos, deixa a formação de Belém no sétimo lugar da I Liga portuguesa, com 36 pontos, em igualdade com o Paços de Ferreira, sexto, e a quatro do sexto lugar, ocupado pelo Vitória de Guimarães e que dá acesso direto à Liga Europa.
O técnico angolano chegou na última temporada ao Belenenses, numa altura em que o clube lutava pela manutenção, e conseguiu 'salvar' a equipa, que terminou o campeonato na 14.ª e antepenúltima posição, quatro pontos acima da 'linha de água'.
Esta época, o treinador e o presidente da SAD já tiveram vários desentendimentos, o último dos quais depois de Rui Pedro Soares ter escrito na rede social facebook que "preferia jogar na Liga Europa na próxima época e na seguinte na II Liga, a estar dois anos na I Liga, sem jogar na Liga Europa", acrescentando igualmente que "preferia jogar a Liga dos Campeões e passar os quatro anos seguintes na II Liga, a estar cinco anos na I Liga sem jogar a Liga dos Campeões."
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