O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, admitiu hoje a possibilidade de mais entradas no plantel de futebol do clube, mas disse estar preocupado com os problemas burocráticos do futebolista Zainadine com o clube chinês Tianjin Teda.

Após a apresentação do primeiro reforço na reabertura do mercado de transferências, o avançado Joel Tadjo, Carlos Pereira considerou a vinda do jogador como um “reajustamento” face à saída do sueco Lundberg, que rescindiu com os insulares, e também resultado da parceria entre o Marítimo e os brasileiros do Cruzeiro.

“Espero que consiga se adaptar rapidamente e que consiga dar contributo ao Marítimo. Queremos acrescentar, com o seu trabalho, um pouco mais de qualidade ao plantel, que consideramos ser boa”, destacou.

A chegada de mais jogadores é uma hipótese neste mês de janeiro e, de acordo com o dirigente, existem conversações nesse mesmo sentido.

“Posso dizer que não está concluído, mas que está em diálogo para podermos trazer mais um ou dois atletas para este plantel, que tem qualidade, mas que não é muito extenso”, referiu, acrescentando que o clube também está atento aos atletas da equipa B e deu os exemplos das promoções de Diney, Cristiano Gomes e Nanu nesta época.

Outro assunto a marcar a atualidade do Marítimo é a situação de Zainadine, que terminou contrato com os chineses do Tianjin Teda em dezembro de 2017, para poder assinar em defintivo com o Marítimo, depois de um ano de empréstimo, mas os problemas burocráticos com o emblema asiático impediram o internacional moçambicano de poder jogar em 2018 pelos ‘verde rubros’.

“Claro que estou preocupado com este impasse do Zainadine. Espero que outras razoes não estejam subjacentes a esta decisão, que tenha sido só do clube chinês em não aceitar a sua transferência no imediato. Tenho tido um diálogo muito intensivo quer com a Liga quer com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”, começou por dizer.

Carlos Pereira considera que poderá se tratar de uma lacuna no Sistema de Transferências (TMS), mas não percebe como o tema não foi resolvido.

“Não se pode compreender que um atleta que esteja no fim de contrato não possa ser inscrito pelo seu novo clube, em que esteve cedido durante uma época”, salientou, defendendo que tanto Zainadine como o Marítimo estão a ser “prejudicados” e espera ver a situação clarificada, para não voltar a acontecer no futuro, com outros clubes.

O presidente maritimista confirmou ainda que o defesa Coronas foi autorizado a procurar solução para o seu futuro, face a não ser opção nos insulares, e que o extremo Piqueti é uma “situação a rever”, depois de uma “conversa séria” que irá ter com o jogador, contratado ao Sporting de Braga no verão de 2017.