O presidente do Vitória de Setúbal criticou hoje um "pequeno grupo de sócios que se acha dono da verdade" e que por duas vezes reprovou o relatório e contas de 2015, durante o jantar de aniversário do clube.

No discurso que fez perante uma plateia de mais de 400 pessoas, realizado após o jantar que decorreu no pavilhão Antoine Velge, Fernando Oliveira não escondeu apreensão pela possibilidade de o clube perder o estatuto de utilidade pública caso as contas chumbem uma terceira vez, considerando que há um aspeto mais preocupante.

"Mais grave ainda foi o comportamento antidemocrático, prepotente e indigno de um pequeno grupo de sócios que se acha dono da verdade absoluta e, por ali deter uma escassa maioria conjuntural, não hesitou em insultar tudo e todos", disse.

À frente dos destinos do Vitória de Setúbal desde 2008/09, Fernando Oliveira, sem mencionar nomes, diz que os rostos por detrás da contestação são conhecidos.

"Há uma oposição organizada há mais de duas décadas, que não hesita em colocar o clube sob permanente exposição, chegando até ao ponto de o ridicularizar. Preferem viver num clima de permanente guerrilha e maledicência, na maior parte das vezes sem argumentos, que só prejudica o Vitória", disse.

O líder do emblema setubalense, eleito em 25 de março para o triénio 2017-2020, identificou a finalidade do grupo contestatário.

"Apenas tem como objetivo criar o caos para derrubar uma direção democraticamente eleita há cerca de sete meses, porque entende que assim fica com o caminho aberto para tomar o poder e satisfazer os seus interesses pessoais", referiu.

Fernando Oliveira salientou ainda o trabalho feito pela direção no passado recente, recordando que o clube deixou de ser falado pelos salários em atraso.

"Foi muito difícil fazer com que o Vitória deixasse de ser visto pelo país como um clube incumpridor em que reinava o caos, mas é muito fácil fazer com que essa imagem volte a ser a nossa", alertou.

Na noite em que foram entregues os emblemas de prata, ouro e diamante aos sócios com 25, 50 e 75 anos de filiação clubística, respetivamente, foram distinguidos os futebolistas que em 2016 se tornaram internacionais nos respetivos escalões e seleções.

Baba Fernandes (sub-17), André Sousa (sub-20), Arnold (internacional A pela República Democrática do Congo) e Gonçalo Paciência (internacional A por Portugal) foram os laureados.

A antiga glória do clube, José Mário, que representou os vitorianos entre 1962/63 e 1975/76, sendo o jogador com mais partidas (320) e golos (91) na I Divisão, também foi homenageado.

Entretanto, Fernando Oliveira fala na terça-feira aos jornalistas, numa conferência de imprensa a realizar pelas 12:30 na sala de imprensa do Estádio do Bonfim.

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