No próximo dia 6 faz um ano que o atual presidente foi eleito com uma vitória esmagadora, cuja percentagem rondou 90 por centos dos votos, sobre o seu opositor, Paulo Pereira Cristóvão.
Num balanço deste ano, no plano desportivo, há que distinguir a gestão do futebol profissional das modalidades ditas amadoras.
Em relação ao futebol profissional, os resultados falam por si: zero títulos e um dececionante quarto lugar na Liga, a 28 pontos do campeão, o Benfica.
JEB entrou com o “pé esquerdo”, ao apostar na continuidade do treinador Paulo Bento, cujo ciclo no clube tinha manifestamente chegado ao fim, o que exigia um leitura fria, calculista e lúcida por parte do presidente.
Esse terá sido, quiçá, o seu maior erro neste primeiro ano de mandato: a margem de manobra de Paulo Bento esgotara-se, sendo notório o desgaste que acumulava, quer em relação ao plantel quer em relação à massa associativa.
Por outro lado, o estilo que imprimiu ao desempenho do cargo ficou marcado por uma componente emotiva muito forte, ao invés de uma postura fria e racional, de que foram exemplos paradigmáticos a célebre conferência de imprensa da despedida de Paulo Bento e uma tentativa de agressão a um adepto.
Em matéria de contratações, JEB gastou só em Janeiro 11,5 milhões de euros, das quais apenas uma, a de Pedro Mendes (2 milhões), na reabertura de mercado, teve retorno desportivo.
Sinama-Pongolle foi uma aposta pessoal do presidente, contratado por 6,5 milhões de euros: de janeiro a maio fez um golo e um auto-golo, na Madeira, frente ao Marítimo.
O lateral João Pereira, contratado ao Sporting de Braga por 3 milhões de euros, onde tinha estado em grande plano até Dezembro, não rendeu o que dele seria expetável, não foi convocado para o Mundial e não se valorizou.
No defeso, Matias Fernandez custara 4 milhões de euros ao Villarreal e nunca se firmou a titular, Angulo e Caicedo vieram a custo zero, mas auferiam salários elevados e foram um fiasco,
Outra decisão de JEB que cedo ficou comprometida foi a promoção de Sá Pinto para diretor do futebol, cargo que não “aqueceu” por ter sido protagonista de um lamentável episódio de agressão a Liedson.
Na gestão das modalidades, o Sporting cometeu um feito notável e histórico, com a conquista da Taça Challenge em andebol, a primeira de um clube português, o título de vice campeão europeu de atletismo e uma boa carreira da equipa de futsal, que terminou a 1.ª fase na liderança.
Sem pôr em causa a manutenção do ecletismo, a aposta estratégica em duas ou três modalidades revelou-se acertada.
Na vertente financeira, a SAD apresentou um prejuízo de 14,8 milhões de euros nos primeiros nove meses da época, e registou uma subida do total do capital próprio para 30,8 ME negativos – era de 15,9 ME em idêntico período anterior -, o que reflecte um agravamento significativo da situação de falência técnica em que se encontra.
Por outro lado, a implementação do célebre plano de reestruturação financeira, inicialmente previsto para Outubro de 2009, foi sendo sucessivamente adiada, decorrendo ainda negociações com os bancos, que exigiram garantias para rever as condições do acordo, cujas premissas estão a ser renegociadas.
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